Frederick Wassef, um dos advogados da Família Bolsonaro, visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao menos 16 vezes nos palácios presidenciais, enquanto escondia Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em um dos seus imóveis, em Atibaia, no interior de São Paulo.
Entre outubro de 2019 a junho de 2020 - mês em que Queiroz foi localizado e preso -, treze encontros ocorreram no Palácio do Planalto e três no Palácio da Alvorada. Os registros das visitas dos Palácios estavam sob sigilo de 100 anos, mas foram divulgados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) ao Brasil de Fato.
Prisão de Queiroz
Queiroz foi preso no sítio de Frederick Wassef em uma investigação de esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), local onde Flávio Bolsonaro atuou como deputado estadual entre 2003 e 2018, em ação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil de São Paulo.
Em 2020, Segundo relatório do antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Queiroz também movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária de maneira considerada "atípica".
De acordo com um dos caseiros, Queiroz passou cerca de um ano morando no sítio de Wassef. Na época, o advogado negou ter escondido Queiroz e disse que foi vítima de uma 'armação'.
Visitas a Bolsonaro
Após a prisão de Queiroz, conforme os dados da LAI, Wassef ficou cerca de um ano e meio sem realizar visitas ao presidente nos palácios.
Apenas em novembro de 2021 Wassef retornou ao Palácio do Planalto. Ao todo, o advogado esteve nos palácios 27 vezes.
Ao contrário do que afirmava a primeira versão deste texto, Frederick Wassef não é mais ex-advogado da Família Bolsonaro. Ele ainda defende Jair, Flávio e Jair Renan em algumas causas. Eles têm, também, outros defensores.
Ao contrário do que afirmava a primeira versão deste texto, Frederick Wassef não é mais ex-advogado da Família Bolsonaro. Ele ainda defende Jair, Flávio e Jair Renan em algumas causas. Eles têm, também, outros defensores.