A intervenção federal na Segurança Pública do Distrito Federal termina nesta terça-feira (31/1). O decreto que determinava a intervenção foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 8 de janeiro, após a invasão de bolsonaristas radicais aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
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Cappelli foi responsável por coordenar parte das apurações sobre os ataques terroristas e por realizar o relatório final que apontou falhas na coordenação da segurança pública local, que possibilitaram os atos.
Nesta quarta feira (1º/2), Sandro Avelar, delegado da Polícia Federal, assume o cargo de secretário da Segurança Pública. Ele já ocupou o posto entre 2011 e 2014, durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT).
Relatório
Cappelli ressaltou que batalhões importantes para conter os invasores não foram acionados mesmo com alerta da inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF, feito no dia 6 de janeiro, de que havia ameaça de ataque na Esplanada dos Ministérios.
“O que houve, apenas, foi um repasse burocrático, um ofício recebido para algumas unidades pelo Departamento de Operações. Chama atenção, então, as duas questões: não houve plano operacional, sequer ordem de serviço”, disse.
Segundo o interventor, apenas um relatório foi encaminhado e os batalhões não foram acionados. Ainda de acordo com Cappelli, alunos do curso de formação foram posicionados para atuar na Esplanada e as grades instaladas nas proximidades dos Três Poderes não eram as necessárias para a contenção dos invasores. “No dia estavam grades simples, o padrão seria ter duas fileiras de grades além de uma maior contenção policial”, diz.