A disputa interna do PT pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) aponta para a consolidação de Rui Falcão (SP) no cargo mais desejado, em meio a comissões permanentes da Câmara dos Deputados. A distribuição de presidências vai ocorrer no mês que se inicia nesta quarta-feira (1º/2), data da eleição da Casa.
A petista Erika Kokay (DF) também estava no páreo, mas não houve avanço em torno de seu nome. A presidência da CCJ faz parte do pacote de negociação com Arthur Lira (PP-AL) em torno de sua recondução à presidência da Câmara dos Deputados e outros partidos, que vão compor a Mesa Diretora.
O PT, regimentalmente, teria o direito de pleitear a primeira vice-presidência, mas abriu mão da prerrogativa, mantendo-se na segunda secretaria, com Maria do Rosário (PT-RS), para ter êxito na CCJ.
A primeira vice, que também poderia ter sido negociada pelo partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ficou com Marcos Pereira (Republicanos-SP). Esta sigla é a quarta em número de parlamentares, com 47; atrás do União Brasil, com 59, de Luciano Bivar, que abriu mão de brigar pelas vices para ficar na primeira secretaria.
Entre as razões de Bivar está o nível de assiduidade que uma primeira ou segunda vice-presidência exige, já que é necessário, por ordem de prioridade, que sessões, a depender das pautas, sejam conduzidas por quem ocupa os postos.
A segunda vice também compõe as articulações na busca do PT pela CCJ. O cargo ficou com o PL, para Sóstenes Cavalcante (RJ), após disputa acirrada na bancada. A lista oficial da chapa de Lira foi divulgada nesta terça-feira (31/1), após semanas de articulações correndo em alto sigilo entre lideranças de legendas da Casa.