Odeputado estadual Tadeu Martins Leite (MDB), o Tadeuzinho, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (1°/2). Candidato único ao comando do Parlamento, o emedebista foi eleito com 75 votos. A 1ª vice-presidente da Casa será Leninha (PT).
Nos bastidores, Tadeuzinho é visto como um parlamentar de orientação independente em relação ao governo de Romeu Zema (Novo) - não deve compor a base ou a oposição. Apesar disso, aliados do Executivo creem que ele deverá colocar em votação pautas consideradas importantes para o Palácio Tiradentes.
Tadeuzinho tem boa relação com Agostinho Patrus (PSD), ex-presidente da Assembleia, que amanhã assume como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
Aliados de Zema tentaram emplacar candidatura própria por meio de Roberto Andrade (Patriota) e, depois, de Duarte Bechir (PSD). Os movimentos, porém, não ganharam musculatura. O Executivo, então, passou a apoiar a chapa liderada pelo MDB. (Veja, no fim deste texto, a composição completa da nova Mesa Diretora).
"Recebo a manifestação de confiança para assumir a presidência ciente da grande responsabilidade que a função representa. Ao assumir essa missão, sei que nossa população espera nada menos do que muito trabalho e dedicação", disse o novo presidente, que prometeu "trabalho incansável".
A votação teve dois desfalques. Doutor Maurício (Novo), o mais velho entre os parlamentares empossados hoje, não pôde emitir opinião por ser o presidente da sessão. Chiara Biondini (PP) também não participou, pois só toma posse no fim deste mês, quando completará 21 anos - idade mínima exigida pela Constituição da República para exercer mandato parlamentar.
Agora, passada a votação, os deputados voltam os olhos à definição das escalações das comissões temáticas e à formação dos blocos parlamentares. Os governistas, que calculam ter a adesão de cerca de 40 deputados, articulam a construção de uma coalizão de apoio a Zema. Um grupo independente, com outra parcela de parlamentares, também deve ser montado - nessa fatia, haverá parlamentares que, mesmo em tom informal, caminharão com o Executivo.
Na oposição, devem ficar ao menos 20 parlamentares. Partidos à esquerda, PT, PCdoB, PV, Rede e Psol já estão certos no bloco antagônico a Zema.
Embora interlocutores de Zema tenham atuado para erguer uma candidatura ao comando da Assembleia que fosse próxima ao Palácio Tiradentes, o governador defendeu a autonomia dos Poderes durante o discurso que fez na sessão inaugural do novo ciclo do Parlamento.
"Para o governo de Minas, a independência do Legislativo sempre foi questão de respeito e fidelidade ao princípio constitucional e democrático da separação harmônica dos poderes. Temos muitas políticas públicas para realizarmos juntos, sempre a partir do diálogo, atentos aos anseios da sociedade civil e em benefício do povo mineiro", pontuou.
Como mostrou o EM na semana passada, ante a dificuldade de emplacar um candidato próprio, aliados de Zema passaram a defender uma unificação em torno de Tadeuzinho.
"Temos muitas políticas públicas para realizarmos juntos, sempre a partir do diálogo, atentos aos anseios da sociedade civil e em benefício do povo mineiro", completou o governador, em direção aos deputados.
Tadeu Martins Leite, de 36 anos, foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010. Ele é filho do também emedebista Luiz Tadeu Leite, ex-prefeito de Montes Claros, no Norte Mineiro. Nos corredores da Assembleia, o novo presidente é definido como um político hábil nos bastidores e adepto ao diálogo.
Tadeuzinho é conhecido por ajudar a distensionar conflitos e buscar saídas pacíficas para impasses. Formado em Administração Pública, obteve 96,8 mil votos no pleito de outubro passado. Ele ficou na 10° colocação entre os 77 eleitos.
Na legislatura passada, foi o 1° Secretário da Casa. No cargo, teve de atuar como uma espécie de "síndico" da Assembleia. Por causa da função, costumava assentar-se perto do presidente nas sessões de plenário para ler a chamada e verificar o quórum. Era o responsável, ainda, por ceder a assinatura vista nos crachás funcionais de servidores e estagiários. Outras questões ligadas ao funcionamento do Palácio da Inconfidência e do edifício anexo, o Tiradentes, também couberam a ele.
Antes, foi secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana no governo de Fernando Pimentel (PT)
Presidente: Tadeu Martins Leite (MDB)
1° vice-presidente: Leninha (PT)
2° vice-presidente: Duarte Bechir (PSD)
3° vice-presidente: Betinho Pinto Coelho (PV)
1° Secretário: Antonio Carlos Arantes (PL)
2° Secretário: Alencar da Silveira Júnior (PDT)
3° Secretário: João Vítor Xavier (Cidadania)
Nos bastidores, Tadeuzinho é visto como um parlamentar de orientação independente em relação ao governo de Romeu Zema (Novo) - não deve compor a base ou a oposição. Apesar disso, aliados do Executivo creem que ele deverá colocar em votação pautas consideradas importantes para o Palácio Tiradentes.
Tadeuzinho tem boa relação com Agostinho Patrus (PSD), ex-presidente da Assembleia, que amanhã assume como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
Aliados de Zema tentaram emplacar candidatura própria por meio de Roberto Andrade (Patriota) e, depois, de Duarte Bechir (PSD). Os movimentos, porém, não ganharam musculatura. O Executivo, então, passou a apoiar a chapa liderada pelo MDB. (Veja, no fim deste texto, a composição completa da nova Mesa Diretora).
"Recebo a manifestação de confiança para assumir a presidência ciente da grande responsabilidade que a função representa. Ao assumir essa missão, sei que nossa população espera nada menos do que muito trabalho e dedicação", disse o novo presidente, que prometeu "trabalho incansável".
A votação teve dois desfalques. Doutor Maurício (Novo), o mais velho entre os parlamentares empossados hoje, não pôde emitir opinião por ser o presidente da sessão. Chiara Biondini (PP) também não participou, pois só toma posse no fim deste mês, quando completará 21 anos - idade mínima exigida pela Constituição da República para exercer mandato parlamentar.
Agora, passada a votação, os deputados voltam os olhos à definição das escalações das comissões temáticas e à formação dos blocos parlamentares. Os governistas, que calculam ter a adesão de cerca de 40 deputados, articulam a construção de uma coalizão de apoio a Zema. Um grupo independente, com outra parcela de parlamentares, também deve ser montado - nessa fatia, haverá parlamentares que, mesmo em tom informal, caminharão com o Executivo.
Na oposição, devem ficar ao menos 20 parlamentares. Partidos à esquerda, PT, PCdoB, PV, Rede e Psol já estão certos no bloco antagônico a Zema.
Na ALMG, Zema prega 'independência' dos Poderes
Embora interlocutores de Zema tenham atuado para erguer uma candidatura ao comando da Assembleia que fosse próxima ao Palácio Tiradentes, o governador defendeu a autonomia dos Poderes durante o discurso que fez na sessão inaugural do novo ciclo do Parlamento.
"Para o governo de Minas, a independência do Legislativo sempre foi questão de respeito e fidelidade ao princípio constitucional e democrático da separação harmônica dos poderes. Temos muitas políticas públicas para realizarmos juntos, sempre a partir do diálogo, atentos aos anseios da sociedade civil e em benefício do povo mineiro", pontuou.
Como mostrou o EM na semana passada, ante a dificuldade de emplacar um candidato próprio, aliados de Zema passaram a defender uma unificação em torno de Tadeuzinho.
"Temos muitas políticas públicas para realizarmos juntos, sempre a partir do diálogo, atentos aos anseios da sociedade civil e em benefício do povo mineiro", completou o governador, em direção aos deputados.
O novo presidente
Tadeu Martins Leite, de 36 anos, foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010. Ele é filho do também emedebista Luiz Tadeu Leite, ex-prefeito de Montes Claros, no Norte Mineiro. Nos corredores da Assembleia, o novo presidente é definido como um político hábil nos bastidores e adepto ao diálogo.
Tadeuzinho é conhecido por ajudar a distensionar conflitos e buscar saídas pacíficas para impasses. Formado em Administração Pública, obteve 96,8 mil votos no pleito de outubro passado. Ele ficou na 10° colocação entre os 77 eleitos.
Na legislatura passada, foi o 1° Secretário da Casa. No cargo, teve de atuar como uma espécie de "síndico" da Assembleia. Por causa da função, costumava assentar-se perto do presidente nas sessões de plenário para ler a chamada e verificar o quórum. Era o responsável, ainda, por ceder a assinatura vista nos crachás funcionais de servidores e estagiários. Outras questões ligadas ao funcionamento do Palácio da Inconfidência e do edifício anexo, o Tiradentes, também couberam a ele.
Antes, foi secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana no governo de Fernando Pimentel (PT)
A nova Mesa Diretora da Assembleia
Presidente: Tadeu Martins Leite (MDB)
1° vice-presidente: Leninha (PT)
2° vice-presidente: Duarte Bechir (PSD)
3° vice-presidente: Betinho Pinto Coelho (PV)
1° Secretário: Antonio Carlos Arantes (PL)
2° Secretário: Alencar da Silveira Júnior (PDT)
3° Secretário: João Vítor Xavier (Cidadania)