Jornal Estado de Minas

CONGRESSO NACIONAL

Pacheco é reeleito, mas 'perde' votos; Lira bate recorde

Reeleito presidente do Senado nesta quarta-feira (1°/2), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) recebeu 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN) - era necessário maioria simples, 41 votos. Entretanto, o político mineiro, que ficará no cargo durante o biênio 2023-2024, perdeu apoio em relação à disputa anterior.



Em 2021, Pacheco recebeu voto de 57 senadores, contra 21 de Simone Tebet (MDB-MS). Na época, Pacheco recebeu o apoio do então presidente Jair Bolsonaro (PL) - apoio que neste pleito foi para Marinho - e de outros dez partidos, como PT, Rede, PP, DEM, PROS, Republicanos, PSC e PDT.

"Ao meu povo mineiro, prometo continuar trabalhando por nossos 853 municípios, que me permitiram entender a imensidão que é nosso país. Sem prejuízo, prometo igualmente destinar a mesma energia para atender às necessidades de todos os demais estados, municípios e Distrito Federal. Minas é Brasil, e o Brasil é um só", afirmou Pacheco durante o discurso de vitória.

O mineiro destacou que pretende manter o perfil conciliador no Congresso Nacional e destacou que "as ameaças de subversão não encontram eco" no seu trabalho e que deve primar "pela serenidade e pelo equilívrio na condução dos trabalhos".





A Mesa Diretora do Senado será eleita às 10h desta quinta-feira (2/2), em reunião convocada para ser realizada no Plenário. Serão eleitos dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.

Assim como ocorre na disputa para a presidência do Congresso, a votação é secreta e por maioria de votos.

Câmara dos deputados

Assim como no Senado, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) foi reconduzido ao cargo para o biênio 2023-2024. Contudo, o alagoano aumentou a vantagem em relação a disputa de 2021 e bateu o recorde da casa.

Com 464 votos dos 513 deputados federais - precisando de maioria simples, 257 -, Lira superou os concorrentes Chico Alencar (Psol-RJ), com 21, e Marcelo Van Hatten (Novo-RS) que recebeu 19.

Ele bateu o recorde de 434 apoio de Ibsen Pinheiro (à época no PMDB), em 1991, e João Paulo Cunha (PT), em 2003.



Lira recebeu o apoio de 20 partidos: PT, PL, PCdoB, PV, União Brasil, PP, MDB, PSD, Repuvlicanos, PSDB, Cidadania, Podemos, PSC, PDT, PSB, Avante, Solidariedade, Pros, Patriota e PTB. Apenas o partido Novo e a federação Psol-Rede não participaram do bloco de apoio ao presidente reeleito.

Os demais integrantes da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados também foram anunciados. A 1ª Vice-Presidência ficou com Marcos Pereira (Republicanos-SP); já a 2ª Vice-Presidência ficou com Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); 1ª Secretaria fica com Luciano Bivar (União Brasil-PE); 2ª Secretaria, com Maria do Rosário (PT-RS); 3ª Secretaria, com Júlio Cesar (PSD-PI); e a 4ª Secretaria, com Lucio Mosquini (MDB-RO).

Na suplência ficaram Gilberto Nascimento (PSC-SP), Pompeo de Mattos (PDT-RS), Beto Pereira (PSDB-MS) e André Ferreira (PL-PE).