O senador Marcos do Val (Podemos-ES) desistiu de renunciar o mandato depois de anunciar sua saída definitiva da política.
Do Val explicou que a decisão de renúncia aconteceu depois de um "momento de raiva" e por ter sido chamado de "traidor" por diversos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
"Foi aquele desabafo. Quando você está nervoso, você fala coisas. Como em qualquer discussão de casal, depois você se arrepende do que fala. Nunca fui político. Quando você entra aqui, tem hora que a gente fica com vontade de ir embora. Foi um desabafo na minha rede social. Quando disse isso, eu estava praticamente decidido mesmo a reunir a equipe e tomar a decisão. Naquela hora que eu postei, se fosse num horário comercial, eu teria saído. Mas, quando acordei, comecei a falar: 'Se eu sair, não vou mostrar o resultado do meu trabalho'. Minha equipe me pediu para que eu ficasse" disse o senador, em entrevista coletiva.
Do Val explicou que a decisão de renúncia aconteceu depois de um "momento de raiva" e por ter sido chamado de "traidor" por diversos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL).
"Foi aquele desabafo. Quando você está nervoso, você fala coisas. Como em qualquer discussão de casal, depois você se arrepende do que fala. Nunca fui político. Quando você entra aqui, tem hora que a gente fica com vontade de ir embora. Foi um desabafo na minha rede social. Quando disse isso, eu estava praticamente decidido mesmo a reunir a equipe e tomar a decisão. Naquela hora que eu postei, se fosse num horário comercial, eu teria saído. Mas, quando acordei, comecei a falar: 'Se eu sair, não vou mostrar o resultado do meu trabalho'. Minha equipe me pediu para que eu ficasse" disse o senador, em entrevista coletiva.
Golpe de Estado
O senador Marcos do Val revelou em uma live em redes sociais, na madrugada desta quinta-feira (2/2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o coagiu para que ele participasse de um golpe de Estado.
Em entrevista à revista Veja, do Val contou que foi escolhido pela sua proximidade com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o objetivo era gravar conversas na tentativa de flagrar alguma fala "comprometedora" de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que teria interferido nas eleições. Com isso, Bolsonaro conseguiria, supostamente, anular o resultado das eleições.
Ideia surgiu de Silveira
O senador alega que ficou assustado, pois nunca defendeu um golpe. Para ele, a ideia foi instigada por Daniel Silveira.
"Sei que o Daniel troca muita informação com o presidente, e talvez isso tenha influenciado de alguma maneira o que aconteceu. O Daniel disse que eu ia salvar o Brasil e o presidente repetiu. O Daniel estava lá instigando e o presidente comprou a ideia. Não consigo imaginar alguém vindo ao meu gabinete para tratar de um assunto desse. Uma coisa meio irracional", disse.
Qual a participação de Marcos do Val?
Apesar de não ter aceitado participar da ação, ele acredita que foi escolhido por conta da sua proximidade com o ministro Alexandre de Moraes. De acordo com os relatos do senador, apenas cinco pessoas sabiam do plano.
"Muita gente sabe que tenho uma ligação com o ministro Alexandre de Moraes. Quando ele foi secretário de Segurança de São Paulo, e o Geraldo Alckmin era governador, fui contratado para dar treinamento para a polícia paulista. Não somos íntimos, mas temos um excelente relacionamento. Por isso - e também por dever cívico e de consciência -, relatei a ele o que estava acontecendo. Era a coisa certa a ser feita", finalizou.