A declaração do ministro foi dada durante a palestra 'Brazil Conference', do Lide, em Lisboa. Ele participa da conferência remotamente.
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De acordo com Marcos do Val, o intuito era gravar uma fala "comprometedora" do ministro de que ele teria interferido nas eleições. Com isso, Bolsonaro conseguiria, supostamente, anular o resultado das eleições
Moraes disse que Do Val afirmou que se tratava de uma questão de "inteligência", e que não estava disposto a tornar a declaração oficial. "É essa exatamente a operação tabajara que mostra o ridículo a que chegamos na tentativa de um golpe de Estado no Brasil", afirmou.
Versões diferentes
Apesar das alegações do parlamentar, ele contou a história com algumas versões diferentes. Primeiro, ele fez uma live afirmando que Bolsonaro o coagiu a participar de um golpe de estado. Depois, ele alegou que o ex-deputado Daniel Silveira instigou o plano e que o ex-presidente simplesmente acatou a ideia.
Os depoimentos do senador também divergem sobre onde foi a reunião para propor a tentativa de golpe de estado. Ele não soube dizer se foi no Palácio da Alvorada - moradia oficial do Presidente da República - ou na Granja do Torto - residência do vice-presidente, que no governo Bolsonaro era ocupada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
Em uma nova versão, ele ainda diz que encontrou o ministro Alexandre de Moraes antes do encontro com o então presidente Jair Bolsonaro para planejar o suposto golpe.
Moraes nega que o encontro tenha acontecido. Ele disse que conversou com o senador apenas no dia 9 de dezembro, no Salão Branco do STF.