O parlamentar fez um comentário sobre uma mensagem da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann.
Ela havia publicado uma mensagem no Twitter dizendo que "não há economia que resista a uma taxa de juros de 13,5%" -a taxa, na verdade, é de 13,75%. "O Brasil precisa urgente de crescimento, para gerar empregos e oportunidades. O país não pode ficar esperando q (sic) o Banco Central caia na real."
Mas, ao criticar o governo do PT, Flávio acabou atingindo o próprio pai. Isso porque Bolsonaro iniciou a sua gestão, em 2019, com a Selic em 6,5%, e deixou o cargo, em dezembro de 2022, com uma taxa em 13,75% -a mesma de agora.O governo bolsonarista deixou ainda o equivalente a R$ 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2023.
Chamados tecnicamente de restos a pagar, os valores são transferidos de um ano para outro e se transformam em um "orçamento paralelo", competindo por espaço com os novos gastos.
O governo Bolsonaro, em sua reta final, também vivenciou "medidas populistas" tomadas no período eleitoral e que já cobram seu preço, com "subida do juros e da dívida pública", conforme análise publicada na DeutscheWelle.
Manteve o mesmo patamar. Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter, pela quinta vez seguida, a taxa básica de juros em 13,75%.
A primeira de Lula
Esta foi a primeira reunião do comitê no ano -ou seja, a primeira realizada no novo mandato do petista.
O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
SELIC NAS ÚLTIMAS DEZ REUNIÕES
01 de fevereiro de 2023: 13,75% ao ano
07 de dezembro de 2022: 13,75% ao ano
26 de outubro de 2022: 13,75% ao ano
21 de setembro de 2022: 13,75% ao ano
03 de agosto de 2022: 13,75% ao ano
15 de junho de 2022: 13,25% ao ano
04 de maio de 2022: 12,75% ao ano
16 de março de 2022: 11,75% ao ano
02 de fevereiro de 2022: 10,75% ao ano
08 de dezembro de 2021: 9,25% ao ano