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Estado de Minas TAXA DO BC

Flávio cita Selic para criticar PT e acaba atingindo governo Bolsonaro

Isso porque Bolsonaro iniciou a gestão dele, em 2019, com a Selic em 6,5%, e deixou cargo, em dezembro de 2022, com taxa em 13,75% - a mesma de agora


03/02/2023 12:10 - atualizado 03/02/2023 12:49
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Jair, em primeiro plano, e o filho Flávio, desfocado, mais atrás
Jair, em primeiro plano, e o filho Flávio, desfocado, mais atrás (foto: Carolina Antunes/PR )
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) mencionou o valor atual da taxa básica de juros para criticar o PT, mas acabou atingindo o governo do próprio pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O parlamentar fez um comentário sobre uma mensagem da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann.

Ela havia publicado uma mensagem no Twitter dizendo que "não há economia que resista a uma taxa de juros de 13,5%" -a taxa, na verdade, é de 13,75%. "O Brasil precisa urgente de crescimento, para gerar empregos e oportunidades. O país não pode ficar esperando q (sic) o Banco Central caia na real."

Mas, ao criticar o governo do PT, Flávio acabou atingindo o próprio pai. Isso porque Bolsonaro iniciou a sua gestão, em 2019, com a Selic em 6,5%, e deixou o cargo, em dezembro de 2022, com uma taxa em 13,75% -a mesma de agora.

O governo bolsonarista deixou ainda o equivalente a R$ 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2023.

Chamados tecnicamente de restos a pagar, os valores são transferidos de um ano para outro e se transformam em um "orçamento paralelo", competindo por espaço com os novos gastos.

O governo Bolsonaro, em sua reta final, também vivenciou "medidas populistas" tomadas no período eleitoral e que já cobram seu preço, com "subida do juros e da dívida pública", conforme análise publicada na DeutscheWelle.

Manteve o mesmo patamar. Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidiu manter, pela quinta vez seguida, a taxa básica de juros em 13,75%.

A primeira de Lula

Esta foi a primeira reunião do comitê no ano -ou seja, a primeira realizada no novo mandato do petista.

O Copom se reúne a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.

SELIC NAS ÚLTIMAS DEZ REUNIÕES

01 de fevereiro de 2023: 13,75% ao ano

07 de dezembro de 2022: 13,75% ao ano

26 de outubro de 2022: 13,75% ao ano

21 de setembro de 2022: 13,75% ao ano

03 de agosto de 2022: 13,75% ao ano

15 de junho de 2022: 13,25% ao ano

04 de maio de 2022: 12,75% ao ano

16 de março de 2022: 11,75% ao ano

02 de fevereiro de 2022: 10,75% ao ano

08 de dezembro de 2021: 9,25% ao ano


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