O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que perseguiu, com arma em punho, um homem na véspera do segundo turno das eleições.
A informação foi divulgada pela CNN Brasil e confirmada pelo UOL. A relatoria do inquérito no Supremo é do ministro Gilmar Mendes.
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Na ocasião, Zambelli, aliada de Jair Bolsonaro (PL), foi filmada apontando a arma para um homem negro na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a alameda Lorena, em São Paulo. No vídeo, ela atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada.
A parlamentar alegou ter sido agredida e empurrada pelo homem, o jornalista Luan Araújo.
Em 20 de dezembro, o ministro Gilmar Mendes já havia atendido pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) e determinado que Zambelli entregasse a pistola que usou para perseguir o homem.
A parlamentar cumpriu a decisão em 27 de dezembro, quando entregou a pistola Taurus G3C e as munições na Superintendência da PF em São Paulo.
Gilmar autorizou as buscas desta sexta-feira (3/2) a pedido da PF e da PGR. A PF teria identificado que a deputada não entregou todas as armas que tinha e informou isso para o STF. Lindôra Araujo, vice-procuradora-geral, concordou com as buscas;
Zambelli critica STF
Em nota, a deputada criticou a decisão do STF, alegando que havia "cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária".
O comunicado afirma ainda que "o recurso apresentado pela defesa da deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR".
Um segurança da deputada chegou a ser preso pela Polícia Civil, mas libertado após pagamento de fiança. Ele é o autor do disparo de arma de fogo no momento da confusão.