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Estado de Minas PLANALTO

Lula visita o Rio de Janeiro hoje (6/2) e inicia viagens pelo Brasil

Em outra frente, o governo federal segue mapeando obras, ações e programas que os 37 ministérios podem entregar nos primeiros 100 dias de governo


06/02/2023 04:00 - atualizado 05/02/2023 22:35

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante coletiva de imprensa com seu colega uruguaio Luis Lacalle Pou (fora de quadro) na residência presidencial em Montevidéu em 25 de janeiro de 2023, durante sua visita ao Uruguai
O presidente Lula participa nesta segunda (6/2) da posse de Mercadante no BNDES (foto: Dante Fernandez/AFP)
Após a crise instalada por ataques terroristas em Brasília e compromissos no exterior à frente do terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prepara uma agenda positiva de viagens pelo Brasil para inauguração de obras a partir de hoje (6/2), quando desembarca no Rio de Janeiro.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que a visita à capital carioca objetiva a inauguração de uma unidade de saúde onde anunciará a retomada do planejamento e dos investimentos na área. O chefe do Executivo estará acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A pasta prevê um investimento de R$ 600 milhões para a execução do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas, que será instituído por meio de uma portaria. O plano foi apresentado no último dia 27 aos governadores em reunião no Palácio do Planalto. 

Mapeamentos de obras no país 

Em outra frente, o governo federal segue mapeando as obras, ações e programas que todos os 37 ministérios da Esplanada podem entregar nos primeiros 100 dias de governo. Rui Costa começou uma série de visitas a todas as pastas para receber dos ministros as prioridades de cada órgão. Costa explicou que a Casa Civil fará o monitoramento das ações em curso nos ministérios. Lula, segundo Costa, quer “um ritmo acelerado de entregas e de ações de governo”.
 
Na chegada ao Rio, prevista para 10h, o presidente participará da cerimônia de posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Às 15h, participará da cerimônia de inauguração de unidades do complexo Super Centro Carioca de Saúde, com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do anúncio do lançamento da Política Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, com a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, retornando no fim da tarde para Brasília.
 
Já no dia 14, a expectativa é de que Lula viaje para Santo Amaro, na Bahia, para o relançamento do Minha Casa Minha Vida. No dia 15, segue para Sergipe para a retomada de obras de estradas. Após o carnaval, o petista visitará outros estados anunciando investimentos como a volta do programa Água para Todos, que reúne medidas preventivas e corretivas contra a seca, sobretudo nas zonas rurais, devendo iniciar pela Paraíba. 

“Essas são as primeiras de uma série de viagens que Lula fará para retomar ações, entregar obras e lançar novos programas de governo.
Temos pressa para reconstruir o Brasil”, reiterou o ministro por meio das redes sociais. Especialistas apontam que o giro pelo país também tem como mote medir a imagem de Lula perante o eleitorado, além de pavimentar a estrada para sua reeleição, em 2026. Em publicação, o presidente reforçou que “viajará o país para conhecer os reais problemas”.

Articulações com prefeitos

Paulo Baía, cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) observa que as viagens de Lula têm a intenção de dar musculatura ao começo de seu mandato. “A reunião dos governadores mostra isso. Nessas viagens, ele terá a articulação de prefeitos também.

Nessa pauta das viagens internas, tem o apoio ao governo, as iniciativas da gestão, de retomada das obras interrompidas como também é uma linha de apoio político a favor da democracia que foi o reflexo de reuniões com os entes.

A pauta de viagens, tanto internas como nacionais que vão se intensificar, dizem respeito a essa ideia de fortalecer, dar musculatura ao governo neste início e nos 100 primeiros dias”, aponta.

"Medir a temperatura" 

A advogada constitucionalista Vera Chemin, mestre em direito público administrativo pela Fundação Getulio Vargas (FGV), analisa que Lula pretende ainda “medir a temperatura” de sua imagem perante o eleitorado pelo país.

“É possível afirmar que o pano de fundo que está por detrás dessa viagem é a necessidade de reaproximação com a população das diversas regiões do país e, ao mesmo tempo, captar o antigo apoio político por meio de um efeito-demonstração que pode ser traduzido em promessas voltadas à satisfação das necessidades sociais e econômicas peculiares a cada local a ser visitado”, aponta.
 
“Trata-se, pois, de uma forma de aferir a sua credibilidade junto ao eleitorado brasileiro por meio de sua maior ou menor receptividade e assim, recuperar a sua confiança calculando, estrategicamente, como deverá proceder no curto e médio prazo para manter a sua popularidade e preparar o terreno (desde já) para as eleições de 2026”, expõe.
 
Há a previsão de que Lula visite o Pará, no Norte, para entregar obras de saneamento básico. Costa argumentou que haverá, além de entregas de obras, o anúncio de intervenções com recursos federais em estados, bem como a continuidade de construções paradas e abandonadas.

Até então, desde o começo do mês, Lula viajou para Boa Vista, Roraima, para definir ações emergenciais aos povos yanomamis, que enfrentam graves crises de saúde, como desnutrição severa, e esteve em Araraquara (SP) analisando os danos causados pelas fortes chuvas na região.

Reunião com governadores

Obras estaduais e regionais foram um dos principais temas da reunião de Lula com os 27 governadores no último dia 27, no Palácio do Planalto. O petista recebeu dos políticos uma lista de obras que interessam aos estados e às suas respectivas regiões. Após o encontro, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ressaltou que os entes federados terão um prazo entre 3 e 10 de fevereiro para encaminhar ao governo os projetos prioritários de obras estruturantes.
 
A primeira diretriz, apontou, é a retomada das mais de 10 mil obras paralisadas. Em indireta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emendou que a era de “boicotar um estado acabou”. E sinalizou que haverão reuniões bilaterais com os governos a partir de 13 de fevereiro, com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

“São obras nas áreas da saúde, habitação e educação. Lula fez questão de dizer que a era do conflito federativo, de um presidente ir a um estado e se negar a estar junto com governadores, disputar obras, querer boicotar um estado, acabou”.


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