O ministro da Justiça Flávio Dino anunciou, nesta segunda-feira (6/2), a ampliação da presença da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional em Roraima, ao longo da semana. O reforço será usado para as ações da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na proteção de indígenas isolados.
“Dando cumprimento ao Decreto do presidente Lula, determinei a ampliação da presença da Polícia Federal e da Força Nacional em Roraima, ao longo desta semana. Queremos que a desintrusão das terras indígenas ocorra em paz, sem conflitos. Contamos com a colaboração de todos”, escreveu nas redes sociais.
A interdição de áreas com presença de grupos de indígenas isolados é importante para assegurar o direito desses povos ao seu território sem a necessidade de contatá-los, respeitando a vontade do grupo de se manter isolado.
De acordo com a Funai, os pirititi, também chamados de piruichichi ou tiquiriá, são parentes dos waimiri-atroari. Durante a demarcação da Terra Indígena Waimiri-Atroari, acreditava-se que os pirititi estariam na área demarcada. Estudos posteriores, entretanto, mostraram que a etnia estava fora da reserva.
Em 2011, ao sobrevoar a região, uma equipe da Funai avistou integrantes do grupo fora do território tradicional. No fim de 2012, o governo federal publicou a 1ª portaria restringindo o acesso ao local –medida que vem sendo prorrogada desde então.
Além disso, Dino determinou abertura de inquérito para entender o que levou o povo yanomami de Roraima a altos níveis de desnutrição e precariedade. De acordo com Dino, a apuração vai determinar se houve crime de genocídio e quais crimes ambientais foram cometidos.
Nesse caso, a PF ficará responsável pela investigação determinada pelo MJSP, para apurar as responsabilidades e punir os culpados.