Para advogados da campanha de Jair Bolsonaro (PL), a falta deste registro configura caixa dois e abuso de poder econômico.
O ato de apoio a Lula foi realizado em 26 de setembro de 2022, no auditório do Anhembi, em São Paulo. Batizado de "Grande Ato Brasil da Esperança com Lula 13"; foi definido como uma "superlive", com a presença de cantores como Anitta, Ludmilla, Pablo Vittar e Duda Beat. Teve transmissão pelo Facebook da campanha do petista e retransmissão em bares e restaurantes em diversos estados.
Na visão da campanha de Bolsonaro, a participação dos artistas equivale a uma doação estimada, uma vez que todos cobram altos cachês, e esses valores deveriam ter sido incluídos na prestação de contas.
Lula
A candidatura de Lula registrou apenas os gastos com a organização do evento, no valor de R$ 1,06 milhão, pago a duas empresas especializadas.
"O evento denominado ‘Super Live’ atingiu a lisura de todo o processo eleitoral, influindo na vontade do eleitor e na própria credibilidade dos gastos (e prestação de contas) dos investigados", dizem os advogados de Lula, em manifestação a Gonçalves enviada nesta segunda-feira (6).
A defesa de Bolsonaro pede a cassação de Lula e a inelegibilidade do presidente.
Em nota, os advogados de Lula afirmam que ação de Bolsonaro "se encaminha para reafirmar, no âmbito investigativo eleitoral, a inteira licitude da realização do evento".
"As acusações feitas pela campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro não possuem lastro na realidade e configuram, em verdade, simples inconformismo quanto ao apoio espontâneo de artistas à então candidatura vencedora", declara a defesa do presidente.