O PSD vai liderar o bloco de deputados estaduais favoráveis ao governo de Romeu Zema (Novo). Nesta quinta-feira (9/2), 33 dos 77 parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) oficializaram a criação de uma coalizão de apoio ao poder Executivo. O líder do grupo, com filiados a outros oito partidos, vai ser o pessedista Cássio Soares, correligionário de Alexandre Kalil, principal oponente de Zema na última eleição estadual. Na legislatura passada, ele chegou a participar de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que investigaram setores do governo estadual.
Hoje, ao explicar a participação do PSD na aliança pró-Zema, Cássio disse ter havido "amadurecimento de ambas as partes".
"O governo reconheceu os erros que cometeu na articulação política. Nós também tivemos o reconhecimento de que o entendimento era muito mais eficiente para que as pautas pudessem avançar e a população mineira, dessa forma, ganhar", afirmou.
Além dos nove pessedistas com mandato na Assembleia, o bloco governista terá representantes de PP, Podemos, PSC, Novo, PMN, União Brasil e Avante. O ajuntamento foi batizado de "Minas em Frente".
Entre o meio de 2021 e o início do ano passado, Cássio Soares foi o presidente da CPI que investigou a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Antes, atuou como relator da CPI dos "fura-filas" da vacinação para conter a COVID-19.
"Não vi problema algum em atender a condição de estar ao lado do governo e de liderar o maior bloco da Assembleia Legislativa", garantiu. "O objetivo do governo e dos 77 parlamentares é o mesmo: o que temos de buscar aqui é a convergência e a maioria para entregar resultados à população", emendou.
A tendência é que o bloco "Minas em Frente" atue em parceria com a segunda coalizão de viés governista instalada na Assembleia. Chamado de "Avança Minas", esse grupo é liderado pelo PL e tem, ainda, deputados de PSDB, Cidadania, Patriota, PDT, MDB, PSB, Solidariedade e Pros. O líder é Gustavo Santana (PL).
A presença do PSD na base aliada a Zema era cogitada desde o fim do ano passado, como mostrou recentemente o Estado de Minas. Parte dos deputados estaduais do partido tem boa relação com o governo - o mesmo ocorre entre uma fatia dos pessedistas mineiros com mandato na Câmara dos Deputados. Na legislatura passada, em termos formais, o PSD engrossou o cordão de deputados independentes em relação à gestão de Zema.
A formação do bloco governista "principal" encerra a temporada de divisão dos deputados da Assembleia conforme a posição em relação ao poder Executivo. A oposição, composta por PT, PCdoB, PV, Rede e Psol, já foi oficializada e terá 20 representantes. (Veja, no fim deste texto, a composição completa dos blocos da Assembleia)
"Tudo será feito no diálogo e no acordo. Podemos ceder uma dessas presidências a outro bloco e podemos receber outras presidências", ponderou Cássio Soares.
Apesar do tom governista visto na coligação legislativa encabeçada pelo PL, o grupo abriga parlamentares que, em alguns temas, podem não seguir a orientação do Executivo. No partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, há deputados classistas que defendem pautas da segurança pública.
"Temos dois blocos nitidamente governistas, com boa vontade em aprovar (pautas do governos), o que soma 57 parlamentares", esperançou o pessedista.
Hoje, ao explicar a participação do PSD na aliança pró-Zema, Cássio disse ter havido "amadurecimento de ambas as partes".
"O governo reconheceu os erros que cometeu na articulação política. Nós também tivemos o reconhecimento de que o entendimento era muito mais eficiente para que as pautas pudessem avançar e a população mineira, dessa forma, ganhar", afirmou.
Além dos nove pessedistas com mandato na Assembleia, o bloco governista terá representantes de PP, Podemos, PSC, Novo, PMN, União Brasil e Avante. O ajuntamento foi batizado de "Minas em Frente".
Entre o meio de 2021 e o início do ano passado, Cássio Soares foi o presidente da CPI que investigou a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Antes, atuou como relator da CPI dos "fura-filas" da vacinação para conter a COVID-19.
"Não vi problema algum em atender a condição de estar ao lado do governo e de liderar o maior bloco da Assembleia Legislativa", garantiu. "O objetivo do governo e dos 77 parlamentares é o mesmo: o que temos de buscar aqui é a convergência e a maioria para entregar resultados à população", emendou.
A tendência é que o bloco "Minas em Frente" atue em parceria com a segunda coalizão de viés governista instalada na Assembleia. Chamado de "Avança Minas", esse grupo é liderado pelo PL e tem, ainda, deputados de PSDB, Cidadania, Patriota, PDT, MDB, PSB, Solidariedade e Pros. O líder é Gustavo Santana (PL).
A presença do PSD na base aliada a Zema era cogitada desde o fim do ano passado, como mostrou recentemente o Estado de Minas. Parte dos deputados estaduais do partido tem boa relação com o governo - o mesmo ocorre entre uma fatia dos pessedistas mineiros com mandato na Câmara dos Deputados. Na legislatura passada, em termos formais, o PSD engrossou o cordão de deputados independentes em relação à gestão de Zema.
A formação do bloco governista "principal" encerra a temporada de divisão dos deputados da Assembleia conforme a posição em relação ao poder Executivo. A oposição, composta por PT, PCdoB, PV, Rede e Psol, já foi oficializada e terá 20 representantes. (Veja, no fim deste texto, a composição completa dos blocos da Assembleia)
Governo de olho em comissões estratégicas
Agora, passadas as negociações para a composição das alianças, os deputados voltam as atenções às escalações das comissões temáticas do Legislativo, como os comitês de Educação, Direitos Humanos e Saúde. Entre os governistas, a ideia é ficar com a presidência de três comissões tidas como estratégicas: Constituição e Justiça, Administração Pública e Fiscalização Financeira e Orçamentária."Tudo será feito no diálogo e no acordo. Podemos ceder uma dessas presidências a outro bloco e podemos receber outras presidências", ponderou Cássio Soares.
Apesar do tom governista visto na coligação legislativa encabeçada pelo PL, o grupo abriga parlamentares que, em alguns temas, podem não seguir a orientação do Executivo. No partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, há deputados classistas que defendem pautas da segurança pública.
"Temos dois blocos nitidamente governistas, com boa vontade em aprovar (pautas do governos), o que soma 57 parlamentares", esperançou o pessedista.
Divisão da ALMG conforme posições em relação ao governo
Bloco "Minas em Frente" - 33 deputados
- Novo (2)
- PSD (9)
- PP (7)
- Republicanos (3)
- Podemos (1)
- PSC (3)
- PMN (2)
- União Brasil (3)
- Avante (3)
Bloco "Avança Minas" - 24 deputados
- PL (9)
- PSDB (2)
- Cidadania (3)
- Patriota (3)
- PDT (2)
- MDB (2)
- PSB (1)
- Solidariedade (1)
- Pros (1)
Bloco 'Democracia e Luta' - 20 deputados
- PT (12)
- PCdoB (1)
- PV (4)
- Rede (2)
- Psol (1)