O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante entrevista à CNN Internacional, nesta sexta-feira (10/2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “fiel imitador” do ex-presidente americano Donald Trump.
A resposta foi dada ao ser questionado pela jornalista Christiane Amanpour sobre a invasão ao Congresso Nacional brasileiro comandada por apoiadores de Jair Bolsonaro.
Lula comparou o ato com o que aconteceu nos Estados Unidos, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio.
“Aqui também há uma divisão, muito mais ou tão séria quanto o Brasil — democratas e republicanos estão muito divididos. Ame ou deixe-o, é mais ou menos isso que está acontecendo.”
Lula comparou o ato com o que aconteceu nos Estados Unidos, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio.
“Aqui também há uma divisão, muito mais ou tão séria quanto o Brasil — democratas e republicanos estão muito divididos. Ame ou deixe-o, é mais ou menos isso que está acontecendo.”
Para o presidente brasileiro, as semelhanças preocupantes do ataque de 8 de janeiro em Brasília com a invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 incluem o alinhamento próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o ex-líder dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Bolsonaro é uma cópia fiel, é uma cópia. É como se você colocasse numa máquina e tirasse uma fotocopia, é a mesma coisa. Não gosta de sindicato, não gosta de empresário, não gosta de trabalhados, não gosta de mulheres, não gosta de negros, não gosta de conversar com empresários. Ou seja, é ele e as mentiras dele. É ele e as fanfarras dele. Não gosta de falar com a imprensa. Nós mudamos isso. Acho que o Brasil aos poucos vai se encontrando e, aos poucos, a democracia vai prevalecer. Esse é meu compromisso e espero que, daqui a quatro anos, você possa fazer outra entrevista comigo para ver como o Brasil já estará democrático", afirmou.
'Sem chance de Bolsonaro voltar'
Também durante a entrevista, Lula afirmou que Bolsonaro "não tem chance de voltar à Presidência".
Lula ainda comparou a luta pela democracia e a polarização política nos EUA e no Brasil, afirmando que "a democracia vai prevalecer". "Nós vamos ter eleições depois das eleições nos Estados Unidos. Nós vamos ver como é que a coisa vai acontecer nos EUA porque aqui tem uma divisão muito marcada igual tem no Brasil. Os democratas e os republicanos estão muito divididos. Ou seja, 'ame-o ou deixe-o'. É mais ou menos isso que acontece", apontou.
Em indireta a Bolsonaro, o petista disse que o país teve "indústria de fake news", que "não conseguiu combater em igualdade de condições", e que "nem todo mundo que votou no Bolsonaro é bolsonarista".
"No Brasil, nós somos um país mais pacificado. O brasileiro, na sua índole, ele gosta de música, ele gosta de futebol, de carnaval. Não é um povo que tem a cultura de odiar. O que aconteceu é que tivemos uma indústria de fake news que nós não conseguimos combater em igualdade de condições. E estou convencido de que nem todo mundo que votou no Bolsonaro é bolsonarista. Uma eleição sempre será dividida quando tem dois candidatos."