Promessa de campanha, o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que as obras do Hospital Regional de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, serão concluídas em dois anos, embora, afirme que não pode garantir o surgimento de entraves. A declaração foi feita durante a assinatura da ordem de serviço, nesta sexta-feira (10/2).
A construção, iniciada em 2010, tinha previsão de conclusão ainda em 2012. Porém, ela está paralisada desde 2016 e já custou cerca de R$ 60 milhões aos cofres públicos.
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Embora, confiante, o governador diz não poder garantir o surgimento de empecilhos que travem o empreendimento. “Tomamos todos os cuidados para que essa licitação, esse edital, tivesse todos os detalhes necessários para evitarmos que isso ocorra”, disse. Zema exemplificou com outra unidade em construção. “Agora, 100% de certeza, não temos. Mas, estou muito confiante, porque temos outro hospital, que é o de Teófilo Otoni, cuja as obras estão caminhando normalmente há mais de 120 dias”, completou.
O convênio firmado com a empresa EF Construtora Ltda – vencedora da licitação - prevê a revisão do projeto elaborado em 2009 e a execução da obra em um prazo de dois anos. O formato, segundo o subsecretário de Estado Obras e Infraestrutura Breno Longobucco, reduz a imprevisibilidade.
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“Isso traz celeridade. A gente consegue fazer alguns serviços preliminares, paralelo a revisão do projeto que será a primeira entrega nos primeiros meses”, explica. A integração, segundo ele, diminui a possibilidade de aditivo. O contrato prevê que pode ser estendido em até dois anos.
“Sempre há o risco de ajuizamento de ação, de paralisação de obras por questão de preço, e, num cenário destes, em que a mesma empresa que está revisando o projeto vai executar, a gente consegue ter uma previsibilidade maior e um risco de paralisação menor”, afirma.
Gestão e custeio
A retomada das obras acende também outras discussões: gestão e custeio. “Faremos o edital de concessão e o estado de Minas já tem uma resolução que garante parte deste financiamento pelos primeiros três anos para que este hospital consiga ser habilitado e trabalhar com recursos do SUS. Agora, São João de Deus ou Samu Oeste, quem for vai disputar esse processo licitatório”, explica o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
As duas entidades demonstraram interesse em assumir o gerenciamento da unidade.
Paralelo, a prefeitura de Divinópolis, deverá se responsabilizar pela infraestrutura no entorno, dentre elas melhoria de acesso. O hospital fica no bairro Realengo, região periférica da cidade.
“A prefeitura começou pela Paraná (rua), temos deputados como o Fábio Avelar, como o meu irmão (Eduardo Azevedo) da região, Domingos Sávio como federal, meu irmão Cleitinho como senador que vão mandar emendas para fazer toda a infraestrutura ao redor do hospital”, disse o prefeito Gleidson Azevedo (PSC).
Estrutura
O prédio em construção possui um pavimento térreo, área de pilotis e um pequeno mezanino. A estrutura foi concebida para 134 leitos de internação, dos quais, oito são de isolamento.
Serão oferecidos, ainda, 55 leitos de internação intensiva, sendo 30 para adultos, 15 para neonatal e 10 de cuidados intermediários, além de 20 vagas para observação no pronto atendimento.
Além disso, a unidade contará com 12 salas de cirurgias, 10 consultórios para atendimento de urgência e emergência, laboratório e demais dependências.
A edificação tem 16.761,80 metros quadrados de área construída em um terreno de 53.464 metros quadrados e foi projetada para atender casos de média e alta complexidade de 54 cidades da região, beneficiando mais de mais de um milhão de pessoas.
Outras obras
Em pronunciamento, Zema garantiu que serão retomadas as obras dos hospitais de Sete Lagoas, Juiz de Fora, Sete Lagoas e Conselheiro Lafaiete. Entretanto, não estipulou uma data.
O hospital de Divinópolis é o terceiro a ser reiniciado. Os primeiros foram os de Teófilo Otoni e Governador Valadares no ano passado.