Jornal Estado de Minas

VIAGEM PRESIDENCIAL

Lula, com Biden, critica Bolsonaro: 'Menosprezava relações internacionais'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta sexta-feira (10/2). O início da conversa foi transmitido nas redes sociais do brasileiro e, em um trecho, o petista fez críticas ao seu antecessor no cargo, Jair Bolsonaro (PL). 





A princípio, Lula agradeceu Biden pelo reconhecimento de sua vitória nas eleições e elogiou o democrata. “Além de recolocar o Brasil na nova geopolítica mundial, porque o Brasil se isolou durante quatro anos, tinha três coisas para dizer. Primeiro agradecer pela formalidade de reconhecimento da minha posse. Segundo, sua postura em defesa da democracia. Por último, dar os parabéns pelo discurso que cairia muito bem no Brasil”, disse, em referência à fala do presidente em preleção no Congresso americano.

Além disso, o petista citou os últimos quatro anos do governo Bolsonaro e ressaltou que seu antecessor não gostava de manter relações com outros países e focava em disseminar informações falsas. “O senhor sabe que o Brasil ficou quatro anos se automarginalizando. O presidente não gostava de manter relações com nenhum país. O mundo dele terminava e começava com a fake news de manhã, de tarde e à noite. Ele parece que menosprezava relações internacionais”, ressaltou. 
  
Logo na sequência, Biden brincou que "parece familiar" a situação que Lula contou, se referindo também a seu antecessor, Donald Trump, com quem Bolsonaro se identificava. A transmissão da conversa foi interrompida.




 
 
 

Lula aponta semelhanças entre Bolsonaro e Trump

 
Mais cedo, em entrevista à CNN Internacional, Lula afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um “fiel imitador” do ex-presidente americano Donald Trump.

A resposta foi dada ao ser questionado pela jornalista Christiane Amanpour sobre a invasão ao Congresso Nacional brasileiro comandada por apoiadores de Bolsonaro.
  

Lula comparou o ato com o que aconteceu nos EUA, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio.

“Aqui também há uma divisão, muito mais ou tão séria quanto o Brasil — democratas e republicanos estão muito divididos. Ame ou deixe-o, é mais ou menos isso que está acontecendo.”