Na PF há mais de 20 anos, Fernandes já havia sido indicado pelo diretor-geral da PF para assumir a coordenadoria desse mesmo órgão durante o governo Bolsonaro. Como é um cargo de confiança, a nomeação dependia da Casa Civil, que não deu andamento ao pedido.
O motivo do bloqueio da indicação é investigado no inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF, denunciada pelo atual senador Sergio Moro (União-PR) ao se demitir do Ministério da Justiça em 2020.
Caso da facada
Foram feitas duas apurações sobre o ataque a Bolsonaro, que chegaram à mesma conclusão: Adélio Bispo agiu sozinho e sofre de transtorno delirante persistente, o que impede que ele responda pelo crime. No início do ano passado, a PF abriu uma terceira investigação sobre o caso.
Bolsonaro se queixou publicamente várias vezes sobre a investigação, apesar das conclusões.
Adélio foi preso no ato e confessou o crime. Ele está preso há cinco anos no presídio federal de Campo Grande, onde, de acordo com o colunista do UOL Josmar Jozino, já foi hostilizado e agredido por funcionários.