Jornal Estado de Minas

NOVA VEREADORA

Com cachorro no colo, suplente de Léo Burguês toma posse na Câmara de BH

Filiada ao União Brasil, a arquiteta Janaína Cardoso tomou posse como vereadora de Belo Horizonte nesta segunda-feira (13/2). Ela assumiu a vaga deixada pelo correligionário Léo Burguês, que renunciou ao mandato na semana passada, em meio a denúncias sobre supostas "rachadinhas" de salário na Câmara Municipal.



Janaína protagonizou a oitava posse deste ano - a primeira por causa de uma renúncia. Ela assumiu o cargo acompanhada pelo yorkshire Ralph, seu cão de estimação há 13 anos. Com o animal no colo, ela assinou o termo que oficializa o início das atividades legislativas.

"Agradeço a presença do Ralph, não é o primeiro animalzinho que vem aqui no Plenário e que não seja o último. Que este plenário esteja aberto a todas as criaturas", disse.

A posse de Janaína estava prevista para a semana passada, mas problemas com a documentação adiaram a cerimônia. Ela teve, inclusive, de quitar uma multa em aberto cobrada pela Justiça Eleitoral. O débito, de aproximadamente R$ 2,5 mil, surgiu por problemas na prestação de contas referentes à campanha de 2020.

A nova vereadora precisou, também, alterar os documentos pessoais. Isso porque ela se separou do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), com quem era casada, e voltou a utilizar o nome de solteira. Ela recebeu 3.717 votos e, por isso, ficou como primeira suplente do União Brasil.



 

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Antes de Janaína, já haviam tomado posse, no início do mês, os vereadores Uner Augusto (PRTB), Bruno Pedralva (PT), Loíde Gonçalves (Podemos), Wagner Ferreira (PDT), Cida Falabella (Psol) e Maninho Félix (PSD). Todos assumiram por causa da eleição, para outras casas Legislativas, dos antigos ocupantes do cargo. Em janeiro, Sérgio Fernando (PL) foi chamado para compor a Câmara em virtude da morte de Walter Tosta (PL),

O 'caso' Léo Burguês

Veterano na Câmara, Léo Burguês renunciou na quarta-feira (8), instantes antes dos colegas decidirem se abririam, ou não, o processo de cassação dele por quebra de decoro parlamentar. O político do União Brasil é acusado, pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), de crimes como peculato, corrupção e lavagem de dinheiro.

Além de Burguês, o inquérito enviado pela Polícia Civil ao Ministério Público aponta ilicitudes cometidas por outras oito pessoas ligadas ao ex-vereador. "Apesar da tranquilidade com relação aos fatos a mim imputados na questão jurídica, ontem me reuni com a minha família e, em atenção ao pedido deles, bem como de vários assessores que enfrentariam uma exposição comigo nesse processo, eu entendi que o melhor era renunciar aqui agora", falou ele, ao explicar a renúncia.