O PT vota na tarde desta segunda-feira (13/2), durante sua primeira reunião do diretório nacional do ano, uma resolução que deve manter as críticas da legenda às altas taxas de juros e à condução das políticas do Banco Central para a economia. A tendência, porém, é que as críticas não sejam direcionadas ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto.
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Segundo Dirceu, o que preocupa o PT é o impacto que as decisões do Banco Central têm na qualidade de vida da população. Lideranças da legenda argumentam que as altas taxas impactam na disponibilidade de empregos, além de reduzir o crescimento econômico. O assunto causou embate nas últimas semanas entre o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Campos Neto.
"Se o Banco Central começar a tomar decisões boas, e se essas decisões começarem a melhorar o país, ajudar na retomada do emprego, do salário, no controle do custo de vida, acredito que vai ter uma calmaria grande em relação a essas críticas", afirmou ainda Zeca Dirceu. "O resultado das políticas do Banco Central é o que vai acalmar o cenário", completou.
A resolução está sendo votada na primeira reunião do diretório nacional do PT após a posse de Lula, que ocorre na sede nacional do partido, em Brasília. O evento conta com a participação de ministros, parlamentares e lideranças petistas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou da reunião na parte da manhã, retomou as críticas à taxa de juros. Ele argumentou, porém, ser preciso chegar a um entendimento em comum com o Banco Central.