Em busca de uma agenda positiva, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará, hoje, em Santo Amaro (BA), às 16h, para anunciar a retomada do Minha Casa, Minha Vida, programa cuja meta é contratar dois milhões de moradias até 2026.
Hoje, serão entregues 2.745 casas em nove municípios de seis estados: Bahia (1.049), Goiás (492), Minas Gerais (600), Paraíba (160), Pernambuco (206) e Paraná (238).
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"Historicamente, o subsídio oferecido a famílias dessa faixa de renda varia de 85% a 95%", diz o Planalto. Outras novidades a serem anunciadas são a possibilidade de comprar unidade habitacional usada e a inclusão, no programa, de famílias em situação de rua.
Está previsto, ainda, que Lula falará sobre a retomada das obras de 5.562 casas em cinco municípios: Rio Largo, em Alagoas (609); Chapadinha (868) e Imperatriz (2.837), ambos no Maranhão; Governador Valadares, em Minas Gerais (240); e Belém, no Pará (1.008). Segundo o governo, ao todo, haverá continuidade ou retomada de obradas de 186,7 mil moradias pelo país.
Eletrobras
O anúncio do novo Minha Casa, Minha Vida também foi assunto, ontem, na primeira reunião do diretório nacional do PT após a posse de Lula.
O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, comentou sobre as ações deste início de governo, especialmente a retomada de programas sociais: além do programa habitacional, o Bolsa Família, que passa por reestruturação, e o lançamento de um novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser lançado nos primeiros 100 dias de governo, com investimentos na área de infraestrutura. Ele falou, ainda, a respeito da retomada de cerca de quatro mil obras paradas pelo país.
No encontro, foi discutida a articulação do partido pela reestatização da Eletrobras. A deputada Erika Kokay (PT-DF) e o deputado Alencar Santana (PT) enviaram um requerimento para a criação de uma Frente Parlamentar Mista Pela Reestatização da Eletrobras no Congresso Nacional.
Como o processo de privatização já ocorreu, sua reversão é considerada mais complicada, mas a retomada das estatais é um tema caro tanto a Lula quanto ao PT. Segundo participantes na reunião de ontem, caso o partido não consiga a desestatização, deve lutar para "segurar o massacre" de empregos e piora de condições de trabalho nas empresas privatizadas.