Pela primeira vez desde que deixou o Brasil em 30 de dezembro de 2022, a um dia de encerrar seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista ao Wall Street Journal. Nela, o capitão reformado confirmou que deverá voltar ao país em março e admitiu o risco de ser preso por ser relacionado aos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília.
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Pastores usam profecias e revelações para convocar 'guerra santa' por Bolsonaro'Lula não fugiu da raia', diz Dilma ao cutucar Bolsonaro sobre ida aos EUADelegado que investigou facada em Bolsonaro assume diretoria na PFBolsonaro nega envolvimento em tentativa de golpe: 'Eu nem estava lá'PL fará Observatório da Oposição para municiar bancada contra LulaMoraes entendeu que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, "em tese", de forma criminosa, contra as três principais instituições do país: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, todos invadidos e depredados.
Mas, ao WSJ, Bolsonaro nega participação: “Golpe? Que golpe? Onde estava o comandante? Onde estavam as tropas, onde estavam as bombas?”. Ele ainda se defendeu ao apontar que já estava nos Estados Unidos quando os ataques aconteceram. “Eu nem estava lá, e eles querem me culpar”, disse.
O ex-presidente ainda admitiu que poderá ser preso ao voltar para o Brasil. “Uma ordem de prisão pode surgir do nada”, afirmou. Ele contou ao jornal que pretende retornar em março para liderar a oposição ao seu rival nas eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente.