A prisão preventiva de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao PT e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outras autoridades, foi mantida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Ele foi preso em julho do ano passado em Minas Gerais, após publicar um vídeo nas redes sociais em que diz que caçaria a esquerda brasileira e penduraria ministros do Supremo "de cabeça para baixo".
Ele foi preso em julho do ano passado em Minas Gerais, após publicar um vídeo nas redes sociais em que diz que caçaria a esquerda brasileira e penduraria ministros do Supremo "de cabeça para baixo".
O ministro recomendou a manutenção da "restrição máxima da liberdade" do investigado. "O contexto desta investigação bem como o momento fático atravessado pelo país (manifestações antidemocráticas e criminosas reivindicando um golpe militar) recomendam a manutenção da restrição máxima da liberdade do investigado que, mesmo no dia de sua prisão, incitou publicamente a animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constitucionais, notadamente o Poder Judiciário", escreveu.
Na mesma decisão, Moraes determinou à Polícia Federal (PF) que apresente, em até 30 dias, um relatório conclusivo sobre as investigações envolvendo Ivan Rejane.
A decisão, tomada na última quarta-feira (16/2) na Petição (PET) nº 10474, leva em consideração regra do Código de Processo Penal (CPP) que exige a manifestação do juízo, a cada 90 dias, sobre a necessidade de manutenção da prisão preventiva, mediante decisão fundamentada.
Ameaças em vídeo
Ivan Rejane foi preso na Grande BH após publicar um vídeo nas redes sociais intitulado "7 de Setembro de 2022". Na ocasião, ele resistiu à prisão, mas a PF arrombou o portão do local onde ele estava e cumpriu o mandado. Ele fala na gravação que Lula deve andar "armado até o talo" porque ele e a direita "vão caçar ele e Gleisi Hofmann". O homem também ameaça o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) e diz que os ministros da Suprema Corte devem sair do Brasil.
"Principalmente, esses vagabundos do STF. Se eu fosse você, Barroso, Fachin, Fux, Moraes, Lewandowski, Mendes, eu ficava (sic) nos Estados Unidos, na Europa, em Portugal. Até Cármen Lúcia, Rosa Weber. Sumam do Brasil! Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo [...] Nós, brasileiros, cidadãos de bens (sic), não toleramos", disse em um trecho do vídeo, seguido de uma sequência de palavrões.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro