Metade dos cerca de mil detidos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro recebeu auxílio emergencial, indica a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com o órgão, 60% dos fichados pela ofensiva - que depredou os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) - são homens, e a maioria tem entre 36 e 55 anos.
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Acessando diversos banco de dados, o grupo técnico levanta informações sobre os investigados por atos golpistas, subsidiando as apurações da PGR e o eventual oferecimento de denúncias. Ao todo, a PGR já denunciou 835 pessoas ao tribunal - 645 por incitação aos protestos golpistas e 189 por participação direta nos atos de vandalismo.
Devassa
A equipe também puxa informações sobre o endereço dos suspeitos, os bens a eles ligados, suas fichas criminais, entre outros. Além disso, consulta placas de automóveis dos investigados, com o objetivo de identificar responsáveis por veículos utilizados na ofensiva antidemocrática.
O grupo ainda auxilia a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do Ministério Público Federal - à qual é vinculada - na perícia de equipamentos eletrônicos apreendidos com os presos.
A Procuradoria-Geral da República investiga os atos golpistas em quatro frentes de apuração: sobre os responsáveis pela depredação das dependências do Planalto, Congresso e Supremo; "autores intelectuais e partícipes por instigação" dos atos antidemocráticos; financiadores da ofensiva; e "agentes públicos responsáveis por omissão imprópria".