O ex-deputado federal Marcelo Aro (PP) vai ser o articulador do governador mineiro Romeu Zema (Novo) junto ao governo federal e ao Congresso. Aro foi nomeado como consultor da Secretaria de Estado de Governo e, na prática, vai auxiliar Zema a construir pontes junto a deputados federais, senadores e ao entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A participação formal de Aro no governo Zema era esperada desde a reeleição do governador, em outubro passado. Um dos principais aliados do chefe do poder Executivo estadual, o político do PP se candidatou ao Senado Federal com o apoio do Novo no ano passado, mas perdeu a disputa. Depois, passou a ser cotado, nos bastidores, para ocupar um cargo na articulação política do governo.
Como já mostrou o Estado de Minas, Zema planeja propor, à Assembleia Legislativa, uma reforma administrativa para mexer na estrutura do governo. Segundo apurou a reportagem, o texto deve sugerir a elevação, ao status de secretaria, do escritório de representação mantido por Minas Gerais em Brasília (DF). Se essa alteração passar pelo crivo dos deputados estaduais, a tendência é que Marcelo Aro fique com o posto.
Portanto, na leitura de um interlocutor ouvido pela reportagem, Aro deve, como consultor da Secretaria de Governo, iniciar os trabalhos de articulação que terá de manter caso seja o secretário de Zema em Brasília. Neste momento, ele deve dar expediente tanto na capital federal quanto na Cidade Administrativa.
O ex-parlamentar exerceu função similar na segunda metade do primeiro mandato de Zema, quando foi escolhido para ser o líder do governo mineiro no Congresso - cargo que não existia até então.
Segundo a edição de sábado (18/2) do Diário Oficial do Estado, Aro vai ser "agente colaborador" do governo, atuando como "consultor na articulação política intragovernamental e intergovernamental, bem como na relação com a sociedade civil e relações federativas". A vigência do cargo vence em 31 de dezembro.
Ex-apoiador de Alexandre Kalil (PSD), rival político de Zema, Aro se aproximou do governador, sobretudo, a partir do início de 2021. A aliança entre eles, além de levar o PP ao leque de partidos que apoiam o governo, ajudou a solidificar a relação entre o Novo e outras legendas, como Agir e Podemos. As duas legendas, aliás, chegaram a reivindicar formalmente a indicação de Aro para ser o candidato a vice-governador no ano passado - o posto acabou ficando com Mateus Simões (Novo).
Os deputados estaduais do PP compõem a base aliada a Zema no Legislativo Estadual. O pai de Aro, Zé Guilherme, é um dos parlamentares mais próximos ao governo.
Em agosto passado, quando foi sabatinado pelo EM por ocasião da corrida ao Senado, Aro disse que não pensava na possibilidade de ocupar cargos na gestão estadual.
"Se for no governo Zema não tem 'vaguinha', qualquer vaguinha lá é 'vagona'. O cargo que for no governo Zema é motivo de muita honra. 'Vaguinha' era para quem não trabalhava pelo estado, mas quem hoje está na estrutura do governo está transformando a vida do mineiro, então eu me sentiria muito honrado de fazer parte disso. Mas não tenho pretensão nenhuma de pensar em um futuro governo", esquivou-se.
A participação formal de Aro no governo Zema era esperada desde a reeleição do governador, em outubro passado. Um dos principais aliados do chefe do poder Executivo estadual, o político do PP se candidatou ao Senado Federal com o apoio do Novo no ano passado, mas perdeu a disputa. Depois, passou a ser cotado, nos bastidores, para ocupar um cargo na articulação política do governo.
Como já mostrou o Estado de Minas, Zema planeja propor, à Assembleia Legislativa, uma reforma administrativa para mexer na estrutura do governo. Segundo apurou a reportagem, o texto deve sugerir a elevação, ao status de secretaria, do escritório de representação mantido por Minas Gerais em Brasília (DF). Se essa alteração passar pelo crivo dos deputados estaduais, a tendência é que Marcelo Aro fique com o posto.
Portanto, na leitura de um interlocutor ouvido pela reportagem, Aro deve, como consultor da Secretaria de Governo, iniciar os trabalhos de articulação que terá de manter caso seja o secretário de Zema em Brasília. Neste momento, ele deve dar expediente tanto na capital federal quanto na Cidade Administrativa.
O ex-parlamentar exerceu função similar na segunda metade do primeiro mandato de Zema, quando foi escolhido para ser o líder do governo mineiro no Congresso - cargo que não existia até então.
Segundo a edição de sábado (18/2) do Diário Oficial do Estado, Aro vai ser "agente colaborador" do governo, atuando como "consultor na articulação política intragovernamental e intergovernamental, bem como na relação com a sociedade civil e relações federativas". A vigência do cargo vence em 31 de dezembro.
A sólida relação entre PP e Zema
Ex-apoiador de Alexandre Kalil (PSD), rival político de Zema, Aro se aproximou do governador, sobretudo, a partir do início de 2021. A aliança entre eles, além de levar o PP ao leque de partidos que apoiam o governo, ajudou a solidificar a relação entre o Novo e outras legendas, como Agir e Podemos. As duas legendas, aliás, chegaram a reivindicar formalmente a indicação de Aro para ser o candidato a vice-governador no ano passado - o posto acabou ficando com Mateus Simões (Novo).
Os deputados estaduais do PP compõem a base aliada a Zema no Legislativo Estadual. O pai de Aro, Zé Guilherme, é um dos parlamentares mais próximos ao governo.
Em agosto passado, quando foi sabatinado pelo EM por ocasião da corrida ao Senado, Aro disse que não pensava na possibilidade de ocupar cargos na gestão estadual.
"Se for no governo Zema não tem 'vaguinha', qualquer vaguinha lá é 'vagona'. O cargo que for no governo Zema é motivo de muita honra. 'Vaguinha' era para quem não trabalhava pelo estado, mas quem hoje está na estrutura do governo está transformando a vida do mineiro, então eu me sentiria muito honrado de fazer parte disso. Mas não tenho pretensão nenhuma de pensar em um futuro governo", esquivou-se.