Metroviários de Belo Horizonte organizaram um protesto, nesta terça-feira (28/2), em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, para pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que interfira contra a privatização do metrô da capital mineira. O governo federal afirmou em janeiro que vai manter a concessão à iniciativa privada.
alguns parlamentares mineiros manifestaram pela não assinatura do contrato de concessão.
Com faixas, os metroviários afirmam que a privatização está cheia de “maracutaias” e pedem que Lula analise as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) antes de assinar a privatização. O TCE-MG e Os trabalhadores protestam contra os valores envolvidos na concessão do metrô e pedem medidas como a realocação dos funcionários em outras unidades da companhia.
A empresa paulista Comporte Participações S/A arrematou o metrô de BH, em dezembro de 2022, pelo valor de R$ 25.755.111. O edital prevê a modernização da linha 1 e a criação de uma nova linha. A última fase do processo de privatização é a assinatura do contrato com a concessionária paulista que venceu o processo. A formalização da entrega da administração do metrô está prevista para o dia 2 de março.
Metrô em greve
A greve dos metroviários de Belo Horizonte, que teve início em 14 de fevereiro, segue mantida, conforme decisão dos funcionários em assembleia que aconteceu no sábado (25/2) junto ao Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG). É a quinta paralisação em 12 meses.
O pedido dos trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) é que os empregos sejam mantidos junto ao governo federal, depois do leilão que negociou as operações da companhia em dezembro de 2022. No primeiro dia da greve, as estações do metrô na capital mineira fecharam as portas às 20h.
Até o momento, o movimento gera um prejuízo de R$ 6 milhões na operação, conforme levantamento da CBTU.