Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, a iniciativa de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os envolvidos na invasão do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, tem o objetivo de prejudicar as investigações. Isso porque as assinaturas para a CPMI foram recolhidas pela oposição, e inclui alguns suspeitos de envolvimento nos atos golpistas.
Nessa terça (28/2), após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Randolfe disse que trabalha para "desarmar" a CPMI.
"O objetivo dessa comissão, capitaneada pela oposição, é que não haja investigação. Eles só buscam obstruir as investigações em andamento, que apuram a responsabilidade de quem praticou os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023. Vamos dialogar e estamos trabalhando para desarmar essa CPMI. Alguns dos que assinaram a proposta são os mesmos que deveriam estar no rol de investigados", disse o senador.
As assinaturas para a CPMI foram recolhidas pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE). Apesar da iniciativa para a CPMI, Fernandes é um dos deputados alvos de inquérito no STF por suspeita de envolvimento no atos terroristas. O pedido foi feito pela pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e se refere a postagens em redes sociais de incentivo e apoio aos atos.
Além das assinaturas, o parlamentar protocolou um requerimento para pedir a instalação. Ontem, deputados e senadores se reuniram com cartazes ressaltando o pedido.
Não é o deputado André Fernandes, é o Congresso Nacional querendo mais transparência. A verdade prevalecerá!#ColetivaDeImprensa #CPMI pic.twitter.com/na0XjkzvUC
%u2014 André Fernandes (@andrefernm) February 28, 2023