Os governadores Eduardo Leite (PSDB) e Jerônimo Rodrigues (PT), do Rio Grande do Sul e da Bahia, respectivamente, repudiaram a fala do vereador de Caxias do Sul Sandro Fantiel (Patriota), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após 215 trabalhadores serem resgatados na Serra Gaúcha por trabalho análogo à escravidão nas vinícolas da região, o parlamentar fez comentários xenófobos e ataques aos trabalhadores. Nas redes sociais, os governadores reagiram à fala do vereador.
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"Não admitiremos esse ódio, intolerância e desrespeito na política e na sociedade. Os gaúchos estão de braços abertos para todos, sempre", disse Eduardo Leite nas redes sociais. "Vamos buscar autoridades do querido estado da Bahia para que nos visitem e acompanhem as atitudes que já estamos empreendendo e para nos aliarmos em outras ações conjuntas de nossos estados para banir o preconceito", completou.
Jerônimo disse que a atitude do parlamentar era "vergonhosa" e "inadmissível". De acordo com o governador, ele vai tomar medidas para que o vereador seja responsabilizado.
"É desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana. Determinei, portanto, a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado pela sua fala", escreveu.
Trabalho análogo à escravidão
Os homens, em sua maioria vindos da Bahia, viviam em jornadas exaustivas, recebiam comida imprópria para consumo, só podiam comprar produtos num estabelecimento predeterminado, tinham o salário descontado e também, relataram, teriam sido torturados com arma de choque e spray de pimenta.