O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por vídeo nesta quinta-feira (2/3) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. Por meio das redes sociais, o chefe do Executivo brasileiro afirmou ter “reafirmado o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo”.
“Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia, @ZelenskyyUa. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém”, escreveu.
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Por meio do Instagram, Zelenski agradeceu o apoio do Brasil na ONU, ressaltou "o princípio da soberania e integridade territorial dos estados", além de discutir esforços diplomáticos em meio à guerra na Ucrânia.
"Tive um telefonema com o Presidente da @LulaOficial. Obrigado por apoiar nossa resolução @UN. Destacamos a importância de defender o princípio da soberania e integridade territorial dos estados. Também discutimos os esforços diplomáticos para trazer a paz de volta para a Ucrânia e para o mundo", destacou.
"Solução para a guerra"
No último dia 24, em uma coletiva, o líder ucraniano disse que tem interesse que Lula se envolva na construção de uma solução para a guerra”.
"Aprecio bastante que, em alguns aspectos, o Brasil realmente está apoiando a nossa integridade e soberania. Para nós, isso é de suma importância, especialmente agora. Estou apenas esperando pelo nosso encontro, porque, você sabe, olho a olho, cara a cara, serei mais compreendido, a Ucrânia será mais compreendida", disse Zelensky. E acrescentou: "Gostaria muito que ele me ajudasse e me apoiasse com uma plataforma para conversar com a América Latina. Estou realmente interessado nisso".
Lula, por sua vez, tem repetido que pretende integrar um grupo de países que trabalhe para o fim do conflito. Em entrevista no último dia 10, Lula afirmou que a invasão na Ucrânia foi "um erro da Rússia". O chefe do Executivo brasileiro relatou ainda ter negado o envio de munição para tanques das forças de Kiev, em resposta ao pedido feito recentemente pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, durante visita ao Brasil.
Já o governo russo acenou com a hipótese de aceitar que o petista integre uma comissão internacional, para mediar um eventual acordo de paz, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, que destacou ainda, "apreciar" a decisão brasileira de não enviar armas à Ucrânia.