As joias — apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 26 daquele mês — estavam na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, um militar da assessoria do então ministro de Minas e Energia (MME), almirante Bento Albuquerque, que retornava ao Brasil na comitiva após visita ao Oriente Médio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Mesmo com a intervenção de Bento Albuquerque, a apreensão foi mantida. Desde então, foram feitas quatro investidas do ex-presidente Jair Bolsonaro para reaver as joias — colar, relógio, anel e brincos.
Ele tentou por meio dos ministérios da Economia, de Minas e Energia e das Relações Exteriores. Também buscou por via militares. A última tentativa teria sido em 29 de dezembro, quando faltavam dois dias para acabar o mandato presidencial.
A reportagem informa que, na ocasião, um funcionário do governo, que se identificou apenas como "Jairo", desembarcou de um avião da FAB no aeroporto de Guarulhos e disse que tinha ido retirar as joias. Ele tentou convencer os agentes da Receita com o argumento de que "não pode ter nada do (governo) antigo para o próximo, tem que tirar tudo e levar", conforme relatos colhidos pelo jornal.
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Um dia antes, o próprio Bolsonaro enviou um ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar a liberação das peças e pediu que fossem enviadas à Presidência da República, em atendimento ao ofício 736/2022.
Bento Albuquerque admitiu ao Estadão que trouxe o presente para Michelle, mas afirmou que não sabia do conteúdo do pacote.
Por meio das redes sociais, Michelle ironizou a notícia. "Quer dizer que eu 'tenho tudo isso' e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa (sic) vexatória", postou a ex-primeira-dama.