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Estado de Minas JÓIAS

Ex-chefe da Secom: 'Nem Michelle, nem Bolsonaro sabiam dos presentes'

Fabio Wajngarten alega que governo não sabia o conteúdo dos presentes dado pelo governo da Arábia Saudita


04/03/2023 16:39 - atualizado 04/03/2023 17:42

Fabio Wajngarten
Ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten disse que Michelle e Jair Bolsonaro não sabiam dos presentes (foto: Alan Santos/PR)
O ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do governo de Jair Bolsonaro (PL) Fabio Wajngarten disse que nem a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL), nem o ex-presidente sabiam das joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, que o governo antecessor tentou trazer ao Brasil de forma ilegal.
 
 
De acordo com o ex-chefe da Secom, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e a sua comitiva receberam os presentes no Aeroporto, quando deixavam o Oriente Médio. Conforme Wajngarten, os presentes só foram abertos no Brasil, pela Receita Federal, quando houve a fiscalização. 
 
"No termo de apreensão dos bens (presentes presidenciais) constam jóias e uma miniatura de um cavalo.  As joias estavam numa caixa selada que só foi aberta pela receita no aeroporto.  Ninguém sabia o que tinha dentro.  Não é verdade que as joias estavam escondidas", alega Fabio Wajngarten.
 

 

Após a repercussão do caso, Michelle ironizou a notícia por meio das redes sociais. "Quer dizer que eu 'tenho tudo isso' e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa (sic) vexatória", postou a ex-primeira-dama.

 

 
Entenda o caso das joias de Michelle

O governo de Jair Bolsonaro tentou retirar de forma ilegal joias e colares da marca suíça Chopard, estimados em R$ 16,5 milhões e que foram apreendidos pela Receita Federal. Os bens seriam presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.
 
No dia 26 de outubro de 2021, durante fiscalização em passageiros que desembarcavam em Guarulhos, São Paulo, vindos da Arábia Saudita, agentes da alfândega encontraram na bagagem de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor de Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia a época, uma escultura de um cavalo com cerca de 30 centímetros, dourada e com as patas quebradas. Dentro da peça estavam os estojos com as joias e o certificado de autenticidade da empresa suíça.

Para que as peças fossem retiradas, assim como qualquer objeto com valor superior a US$ 1 mil, seria necessário o pagamento do imposto de importação, referente a 50% do valor estimado do item, e mais uma multa de 25% por tentar entrar de forma ilegal no Brasil.

Os bens poderiam ter sido desembarcados como um presente oficial para o presidente da República. Contudo, caso fosse este o meio adotado, seriam do Estado brasileiro e não da primeira-dama ou da família Bolsonaro.
 
Bento Albuquerque admitiu ao Estadão que trouxe o presente para Michelle, mas afirmou que não sabia do conteúdo do pacote. 
 
"Como era uma joia, a joia não era para o presidente Bolsonaro, né... Deveria ser para a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. E o relógio e essas coisas, que nós vimos depois, deveriam ser para o presidente, como dois embrulhos."



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