Jornal Estado de Minas

SENADO

Governistas e oposição devem votar requerimentos sobre yanomamis

Senadores da base do governo e da oposição terão seus requerimentos votados em reunião prevista para a próxima terça-feira (7/3), da Comissão Temporária sobre a Situação dos Yanomâmis. O encontro deve votar também o plano de trabalho do colegiado.




 
Do Republicanos, Mecias de Jesus (RR) apresentou documento solicitando informações ao ministro da Indústria e Comércio e vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), sobre os recursos recebidos anualmente pelo Fundo Amazônia.

O fundo foi suspenso pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e retomado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao assumir seu terceiro mandato presidencial, este ano. 
O Fundo da Amazônia foi criado há 14 anos com o objetivo de financiar ações de redução de emissões vindas da degradação florestal e do desmatamento. A paralisação ocorreu em abril de 2019.

O ex-presidente fez um "revogaço" de centenas de conselhos federais e, assim, extinguiu os comitês orientador e técnico da iniciativa, criada no segundo governo Lula.

Humberto Costa (PT-PE) e Eliziane Gama (PSD-MA) também apresentaram à comissão requerimentos de informações a autoridades sobre a crise denunciada por Lula e seus ministros. 




A gestão petista apontou a degradação e a crise humanitária geradas pelas atividades de garimpo ilegal em terras indígenas em Roraima, conforme ações que tramitam no poder Judiciário sobre o caso na região.

Humberto Costa e Eliziane Gama querem ouvir representantes da Polícia Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e de Roraima. A comissão foi criada para acompanhar, no estado, a situação dos ianomâmis e a saída dos garimpeiros de suas terras.

O prazo de funcionamento é de 120 dias, ou seja, a missão será encerrada ainda neste semestre. Antes com cinco membros, o colegiado soma atualmente oito senadores. 
Também na reunião prevista será votado o plano de trabalho da comissão, apresentado no último dia 1º pelo relator, senador Dr. Hiran (PP-RR).

O cronograma prevê duas viagens a Roraima, para ouvir a população afetada pela crise humanitária e autoridades locais. O documento inclui visitas ao Hospital de Campanha de Surucucu, à Casa de Saúde Indígena e ao Hospital da Criança de Boa Vista.