No dia 26 de outubro de 2021, a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro (PL) chegava ao Brasil depois de uma visita ao Oriente Médio. Na ocasião, a equipe do Ministério de Minas e Energia, pasta comandada pelo então ministro Bento Albuquerque, representava o governo brasileiro na reunião de cúpula "Iniciativa Verde do Oriente Médio", realizada na capital do país.
Naquele dia, o então ministro e o assessor Marcos André Soeiro - que representavam o Brasil - desembarcaram com joias (um colar, um par de brincos, um anel e um relógio) que, segundo o jornal Estado de S. Paulo, seriam presentes para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As joias - apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo- estavam na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro Bento Albuquerque.
O valor das joias estava estimado em R$ 16,5 milhões. O imposto e a multa custariam ao menos R$ 12,375 milhões.
Para que as peças fossem retiradas, assim como qualquer objeto com valor superior a US$ 1 mil, é necessário o pagamento do imposto de importação, referente a 50% do valor estimado do item, e mais uma multa de 25% por tentar entrar de forma ilegal no Brasil.
Jair Bolsonaro no Oriente Médio
No dia 13 de novembro daquele mesmo ano, outra comitiva brasileira foi ao Oriente Médio, desta vez com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Os encontros tinham como pauta agenda econômica e cooperação técnica em diversos setores.
Entre os integrantes também estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filhos de Jair, os então ministros Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Economia, Paulo Guedes, das Relações Exteriores, Carlos França, do Turismo, Gilson Machado, e da Defesa, Walter Braga Netto.