O tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor-chefe militar da Ajudância de Ordens da presidência da República da gestão Jair Bolsonaro (PL), tentou, por meio de ofício, recuperar as joias trazidas ilegalmente ao Brasil pelo governo federal que, supostamente, seriam um presente para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
A tentativa do coronel está registrada em um ofício, emitido no dia 28 de dezembro de 2022 - última tentativa do governo Bolsonaro tentar recuperar as joias -, dois dias antes do ex-presidente Jair Bolsonaro deixar o país.
As joias - apreendidas pela Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 26 de outubro de 2021 - estavam na mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, assessor do então ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, que retornava ao Brasil na comitiva após uma visita ao Oriente Médio.
No documento, Cid escalou o sargento Jair Moreira da Silva para ir até Guarulhos liberar os itens.
"Os bens descritos foram ofertados ao Presidente da República pelo Reino Unido na Arábia Saudita na Cerimônia de "Lançamento da Iniciativa Oriente Médio Verde" (...). Bem como, desse já, autorizo que os bens sejam retirados pelo representantes: Jairo Moreira da Silva", diz o documento assinado por Cid.
Veja o ofício
EITA PÍULA! Vazou o ofício do gabinete pessoal do ex-presidente Bolsonaro em que o seu braço direito, Mauro Cid, pede ao então chefe da Receita Federal a liberação das joias apreendidas!
%u2014 Natália Bonavides %u2764%uFE0F%u200D%uD83D%uDD25 (@natbonavides) March 6, 2023
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