Um dos agentes responsáveis por garantir a apreensão das joias supostamente destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o auditor-fiscal da Receita Federal Mario de Marco Rodrigues de Souza teve seu trabalho retratado na série "Aeroporto - área restrita", do Discovery +. De Marco, como é conhecido na Receita, atua como delegado-adjunto e substituto do maior aeroporto da América Latina, o terminal de Guarulhos.
Leia Mais
Michelle Bolsonaro alega que foi a última a saber das joiasAssessor de Bolsonaro pediu liberação de joias apreendidas; veja ofícioPF e Receita apuram caso de joias em comitiva de ministro de BolsonaroFilha diz que Michelle Bolsonaro ficou alérgica após contrair COVIDPL emplaca bolsonarista em comissão que fiscaliza governo LulaBolsonaro recebeu segundo pacote de joias pessoalmente, diz jornalEm um episódio da série, De Marco mostra sua rotina de controle aduaneiro, quando intercepta uma passageira tentando entrar no país com caixas de brinquedos e celulares irregulares, que seriam posteriormente vendidos.
Caso das joias
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, integrantes do governo Bolsonaro desembarcaram no país, pelo aeroporto de Guarulhos, com um conjunto de joias de diamantes avaliado em R$ 16,5 milhões, em outubro de 2021.
As joias — que seriam presente do governo da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — foram encontradas na mochila de um assessor do ex-ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque e, posteriormente, apreendidas.
Ainda segundo o jornal paulista, o governo Bolsonaro tentou reaver o conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos da marca Chopard em pelo menos quatro ocasiões, uma delas um dia antes do ex-presidente viajar para os Estados Unidos.
Ainda segundo o jornal paulista, o governo Bolsonaro tentou reaver o conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos da marca Chopard em pelo menos quatro ocasiões, uma delas um dia antes do ex-presidente viajar para os Estados Unidos.
As joias foram apreendidas por não terem sido devidamente declaradas. A legislação brasileira determina a declaração obrigatória na entrada no país de qualquer bem avaliado em mais de mil dólares (pouco mais de R$ 5 mil). O resgate do item apreendido é feito pagando um tributo a 50% do valor estimado do material, além de uma multa de 25% sobre o valor cheio. No caso das joias, o valor chegaria a R$ 12,3 milhões.