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Estado de Minas CÂMARA DOS DEPUTADOS

Deputados do PSB vão pedir cassação de Nikolas por discurso transfóbico

Pessebista Tabata Amaral chamou o parlamentar mineiro de 'moleque' e prometeu levar o caso ao Conselho de Ética


08/03/2023 16:30 - atualizado 08/03/2023 19:39

A deputada federal Tabata Amaral
Tabata Amaral (foto) anunciou medida de seu partido, o PSB, contra Nikolas Ferreira (foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados )
A bancada do PSB na Câmara dos Deputados vai pedir a cassação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (8/3) pela parlamentar socialista Tabata Amaral, minutos após Nikolas utilizar a tribuna do plenário da Câmara para fazer um discurso de tom transfóbico.

Segundo Tabata, a ideia é levar o caso ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara por meio de uma representação contra Nikolas.

"Um deputado subiu à tribuna para falar 'mulheres que estão perdendo seu espaço'. Estamos falando de um homem que, no Dia Internacional das Mulheres, tirou nosso tempo de fala para trazer uma fala preconceituosa, criminosa, absurda e nojenta. A transfobia ultrapassa a liberdade de discurso, garantida pela imunidade parlamentar. Transfobia é crime no Brasil", disse ela.

Com uma peruca loira, Nikolas ironizou as mulheres trans e se autointitulou "deputada Nikole". "As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres", afirmou, em parte do pronunciamento transfóbico.

"Posso ir para a cadeia caso eu seja condenado por transfobia. Por que xinguei ou pedi para matar? Não. Porque, no Dia Internacional da Mulher, há dois anos, parabenizei as mulheres XX. É, na verdade, uma imposição. Ou você concorda com o que estão dizendo ou, caso contrário, é um transfóbico, homofóbico ou preconceituoso", continuou o mineiro.

A fala de Nikolas irritou Tabata Amaral, que chamou o colega de "moleque". "Quando você ofende uma mulher, ofende a todas nós. Quando você faz uma fala criminosa como essa, coloca a fala de todas nós em risco. Esta é a Casa do povo. Não dá para que a gente finja que nada aconteceu", protestou ela.


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