O deputado federal mineiro Miguel Ângelo (PT) diz ter sido agredido pelo colega José Medeiros (PL-MT) durante a sessão plenária da Câmara desta quarta-feira (8/3). Miguel afirma ter sido empurrado por Medeiros, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante um debate. Ele avalia ingressar com uma representação contra o colega no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
"Ele, bem mais alto que ela, começou a falar perto dela, tentando intimidá-la. Fiquei ao lado dela e cruzei os braços. Ele, então, começou a, discretamente, a falar palavrões comigo. Ri dele", contou, à reportagem. "Na hora que ele se aproximou de mim, (Medeiros) pisou no meu pé e me deu um empurrão. Ele ficou vários segundos pisando no meu pé" acrescentou.
O mineiro pediu as imagens do plenário da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou positivamente à solicitação. A ideia de Miguel ngelo é fazer uma análise das imagens e, assim, decidir sobre a possibilidade de representar contra Medeiros no Conselho de Ética.
"Ele pisou intencionalmente. O problema maior não é o fato de ter pisado no meu pé, mas a tentativa de intimidação", protestou.
Miguel Ângelo é filho de Durval Ângelo, quadro histórico do PT mineiro. Ex-deputado estadual, Durval é, hoje, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
'Se pisei no pé dele, me desculpe'
Durante a reunião plenária desta quarta-feira, Medeiros negou que tenha intimidado Gleisi. Ele refutou, também, qualquer tipo de ataque a Miguel ângelo.
"Jamais eu iria agredir, dar soco ou fazer qualquer coisa com o deputado. Estamos próximos aqui. Se pisei no pé dele, me desculpe. Quero ter a melhor relação possível", falou.