O deputado mineiro desviou o assunto e tentou falar da expulsão por agressão da jornalista no "BBB 16". Ana Paula rebateu, frisando que ele seria processado pelas falas transfóbicas e poderia enfrentar uma cassação pelo crime cometido e pela falta de decoro parlamentar.
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"Eu não estou falando da minha participação no 'BBB'. Estou falando do decoro parlamentar que foi quebrado. Você sabe que poderia ter saído preso, né?", completou Ana Paula.
Nikolas usou uma peruca loira para fazer um discurso transfóbico no Dia Internacional da Mulher, na Câmara dos Deputados. Em tom sarcástico, o deputado afirmou que se "sentia mulher" tendo "lugar de fala" e se autodenominou de "deputada Nikole". Em seguida fez ataques às mulheres transexuais. Pela primeira vez na história, a Câmara Federal tem parlamentares transexuais: a mineira Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (PSOL-SP).
Duda Salabert entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma notícia-crime para que o "parlamentar responda criminalmente pelas suas falas". Ela ressaltou que "imunidade parlamentar não blinda nenhum deputado de ato criminoso", disse.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também criticou o comportamento do deputado nas redes sociais: "O plenário não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos".
Processos contra Nikolas
Em junho de 2022, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) instaurou inquérito para investigar um vídeo publicado por Nikolas, enquanto ele ainda era vereador de Belo Horizonte, considerado transfóbico. Ele foi acusado de LGBTFobia, além de ter supostamente violado o artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por expor uma jovem de 14 anos nas redes sociais.
À época, o vereador pediu o boicote de uma escola privada de Belo Horizonte por permitir que uma aluna transgênero usasse o banheiro feminino.