Partidos da bancada governista da Câmara protocolaram nesta sexta-feira (10/3) um pedido de cassação do mandato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por quebra de decoro parlamentar por causa da fala transfóbica na tribuna da Casa no Dia da Mulher, na última quarta-feira (8/3). O pedido foi protocolado no Conselho de Ética da Câmara e enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O documento é assinado por PT, PSB, Psol, PCdoB e PDT. Segundo as legendas, alinhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o discurso do deputado foi "ofensivo e criminoso" contra pessoas trans e travestis.
"A declaração do deputado federal Nikolas Ferreira é extremamente grave, atenta contra a ordem jurídica e social fixada pela Constituição Federal e descumpre os deveres postos no Código de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara dos Deputados", escrevem os partidos.
O pedido argumenta ainda que a atitude de Nikolas fere acordos internacionais e configura "ilicitude penalmente tipificada". Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o deputado subiu à tribuna vestindo uma peruca e disparou ofensas contra pessoas trans. O parlamentar defendeu que pais possam recusar que "um homem de dois metros de altura, um marmanjo, possa entrar no banheiro de sua filha" sem ser acusado de transfobia.
"Eu, por exemplo, posso ir para a cadeira, deputado, caso eu seja condenado por transfobia. E por quê? Porque eu xinguei, pedi para matar? Não, pois no Dia Internacional das Mulheres, há dois anos, eu parabenizo as mulheres XX", afirmou Nikolas. "É uma imposição. Ou você concorda com o que eles estão dizendo, ou, caso contrário, você é um transfóbico, homofóbico e preconceituoso", completou.
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), uma das poucas mulheres trans a ocupar uma cadeira na Câmara, criou um abaixo-assinado na última quinta-feira (9/3) pela cassação de Nikolas. Até o momento, a petição já superou 196 mil assinaturas. A deputada federal mineira Duda Salabert (PDT), que também é trans, buscou o entorno do governo Lula para conseguir apoio do bloco de situação à cassação do bolsonarista.
O documento é assinado por PT, PSB, Psol, PCdoB e PDT. Segundo as legendas, alinhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o discurso do deputado foi "ofensivo e criminoso" contra pessoas trans e travestis.
"A declaração do deputado federal Nikolas Ferreira é extremamente grave, atenta contra a ordem jurídica e social fixada pela Constituição Federal e descumpre os deveres postos no Código de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara dos Deputados", escrevem os partidos.
O pedido argumenta ainda que a atitude de Nikolas fere acordos internacionais e configura "ilicitude penalmente tipificada". Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o deputado subiu à tribuna vestindo uma peruca e disparou ofensas contra pessoas trans. O parlamentar defendeu que pais possam recusar que "um homem de dois metros de altura, um marmanjo, possa entrar no banheiro de sua filha" sem ser acusado de transfobia.
"Eu, por exemplo, posso ir para a cadeira, deputado, caso eu seja condenado por transfobia. E por quê? Porque eu xinguei, pedi para matar? Não, pois no Dia Internacional das Mulheres, há dois anos, eu parabenizo as mulheres XX", afirmou Nikolas. "É uma imposição. Ou você concorda com o que eles estão dizendo, ou, caso contrário, você é um transfóbico, homofóbico e preconceituoso", completou.
Cassação
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), uma das poucas mulheres trans a ocupar uma cadeira na Câmara, criou um abaixo-assinado na última quinta-feira (9/3) pela cassação de Nikolas. Até o momento, a petição já superou 196 mil assinaturas. A deputada federal mineira Duda Salabert (PDT), que também é trans, buscou o entorno do governo Lula para conseguir apoio do bloco de situação à cassação do bolsonarista.