A petição criada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pela cassação do mandato de Nikolas Ferreira (PL-MG), bateu a marca de 260 mil assinaturas na manhã deste sábado (11/3), menos de 48 horas após sua criação. A campanha entrou no ar na noite de quinta-feira (9/3), após o parlamentar mineiro fazer discurso transfóbico na tribuna da Câmara dos Deputados no Dia Internacional da Mulher.
as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres". Em tom jocoso, o parlamentar chegou a se apresentar como Nikole.
O abaixo-assinado online é uma das medidas em resposta ao pronunciamento de Nikolas. Na quarta-feira (8/3), o deputado foi à tribuna do plenário da Câmara dos Deputados e, vestindo uma peruca loira, afirmou que "Segundo a deputada, a petição ficará aberta até a semana que vem e será entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No abaixo-assinado, Erika convoca a participação como forma de apoio à articulação no Congresso em represália ao discurso de Nikolas.
“A transfobia é crime equiparado ao crime de racismo e o Congresso Nacional é um espaço para vocalizar a defesa dos nossos direitos, não ataques preconceituosos às mulheres brasileiras. Nikolas Ferreira cometeu o crime de homotransfobia. Já apresentamos uma notícia-crime contra o deputado no STF. Agora estamos juntos com diversos partidos e lideranças políticas para denunciá-lo no Conselho de Ética da Câmara”, diz a apresentação da petição.
O abaixo-assinado é uma das medidas lançadas após o pronunciamento transfóbico no Dia Internacional da Mulher. A própria Erika Hilton, a primeira mulher trans eleita deputada federal por São Paulo, anunciou que enviará notícia-crime contra Nikolas Ferreira ao Supremo Tribunal Federal (STF) e acionará o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Duda Salabert (PDT-MG), primeira mulher trans eleita à Câmara dos Deputados por Minas Gerais, também se movimentou para viabilizar campanhas de combate ao discurso de ódio. Ao longo da última semana, a parlamentar se reuniu com o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT) e com o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, para tratar do assunto.
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Arthur Lira também se pronunciou a respeito da fala de Nikolas. Ainda na quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados publicou em seu perfil no Twitter que o parlamentar mineiro “merece reprimenda pública” e disse que não admitirá desrespeito na casa legislativa.