A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) utilizava um sistema secreto de monitoramento, durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro. De acordo com o jornal O Globo, a agência usava uma ferramenta que permitia monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses, sem a permissão deles.
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Através das informações, o programa oferecia a possibilidade de acessar o histórico de deslocamentos e até mesmo criar "alertas em tempo real" de movimentações de um alvo em diferentes endereços.
De acordo com a reportagem, a Abin comprou o programa por R$ 5,7 milhões, com dispensa de licitação, no fim de 2018, no governo Temer e foi utilizada ao longo do governo Bolsonaro até meados de 2021.
CGU vai investigar
A Controladoria Geral da União (CGU) vai investigar o uso da ferramenta de monitoramento de cidadãos utilizada durante o governo Bolsonaro.
O órgão vai apurar a responsabilidade dos servidores públicos no uso irregular do programa de monitoramento.
Líder do governo no Congresso
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que vai tomar medidas para apurar o ocorrido.
Em suas redes sociais, o parlamentar defendeu uma invesitgação do caso por meio da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), responsável por fiscalizar as atividades da agência, e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).