A deputada federal Dandara Tonantzin (PT/MG) será relatora da Lei de Cotas (PL 5384/2020). O projeto planeja tornar permanente a política de cotas para o ingresso em institutos federais de educação a pretos, pardos, estudantes egressos do ensino público, indígenas e pessoas com deficiência.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), assinou a designação a pedido do líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na casa, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR). O texto inicial, de 2012, previa que, dez anos após sua publicação, a lei fosse revista.
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Dandara Tonantzin
Eleita para o primeiro mandato como deputada federal em 2022, Dandara Tonantzin tem 29 anos e foi cotista na graduação de pedagogia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e no mestrado em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"É um fato histórico ter uma cotista da graduação e pós-graduação assumindo a relatoria da lei de cotas na Câmara Federal. Nossa luta é pela garantia da continuidade e ampliação da lei para que outros de nós possam também acessar a Universidade. Queremos garantir a consolidação dessa política até que tenhamos a mesma proporção de negros da sociedade na universidade”, aponta a parlamentar.
Dandara afirmou que a continuidade da política de inclusão no ensino superior deve ser mantida, mas que também é necessária a criação de meios que garantam que o estudante conclua o ensino.
"Pela primeira vez, em 2018, de acordo com o IBGE, matrículas de estudantes pretos e pardos nas universidades públicas no Brasil ultrapassaram a de brancos, e agora é preciso garantir que esses estudantes concluam o curso. Os cortes orçamentários dos últimos quatro anos nas políticas de permanência, tão importantes para auxiliar os estudantes com gastos com livros, transporte, moradia e alimentação, precisam ser revertidos”, comentou a petista.