O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quinta-feira (15/3) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregue, nos próximos cinco dias, o estojo com acessórios de luxo que foram dados de presente pelo governo da Arábia Saudita. Os objetos devem ser entregues a Secretaria-Geral da Presidência da República.
Duas armas de fogo, um fuzil e uma pistola, dados pelo Emirados Árabes Unidos em 2019 também devem ser devolvidos no mesmo prazo.
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Ex-ministro de Bolsonaro diz ter presumido que joias seriam para MichelleAlckmin sobre caso das joias de Bolsonaro: 'Realidade supera ficção'Bolsonaro vai devolver joias ao TCU, afirma defesaO TCU determinou, em 2016, que presentes de chefes de Estado que sejam de alto valor, que não tenham natureza personalíssima ou de consumo direto pertencem a União.
O ministro Bruno Dantas, presidente do TCU, argumentou que presentes de "baixo valor monetário, como uma camisa, perfume, lenço, algo desse tipo, e preenchem os dois requisitos de baixo valor e item personalíssimo, ele pode ocupar acervo pessoal. Precisamos das duas condições, na ausência de qualquer dos dois requisitos, o destino deve ser inexoravelmente o acervo da Presidência da República".
A legislação vigente determina que "os objetos recebidos em cerimônias oficiais de troca de presentes com chefes de Estado e de governo são considerados patrimônio da União".
Fica permitido que o presidente, ao deixar o cargo, pode integrar ao patrimônio pessoal "itens de natureza personalíssima ou de consumo direto, como roupas, alimentos ou perfumes. Presentes oferecidos por cidadãos, empresas e entidades".