Um mês e meio após o início dos trabalhos legislativos, a Câmara dos Deputados definiu os partidos que vão presidir as 30 comissões permanentes, além de 27 deputados que vão compor os colegiados.
O partido com mais comissões é o PL, que tem a maior bancada da Casa, com 99 deputados. A legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai comandar cinco colegiados: Saúde; Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; Esporte; Previdência; Assistência Social; Infância, Adolescência e Família; e Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
Entre os nomes do PL escolhidos está a confirmação da deputada federal bolsonarista Bia Kicis (DF) na CFFC. A comissão que fiscaliza gastos do governo federal ficou com uma das parlamentares que deve fazer oposições mais incisivas contra o governo Lula (leia Sete perguntas para).
Respeitando a proporcionalidade, o PT, a segunda maior bancada da Câmara, com 68 deputados, foi o segundo partido com mais comissões: quatro. No entanto, a legenda comanda a Federação com PCdoB e PV e totaliza 81 parlamentares.
Como cada legenda foi levada em conta individualmente na divisão de comissões, o PCdoB e o PV também foram contemplados com um colegiado cada, deixando a Federação Brasil da Esperança com seis colegiados.
A base petista ficou com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, sob os cuidados de Rui Falcão (SP), e com a Comissão de Finanças (CF), sob comando de Paulo Guedes (MG).
Alvo de disputa entre PT e PL após a base bolsonarista da oposição especular a escolha de Ricardo Salles (PL-SP), a Comissão do Meio Ambiente acabou indo para o deputado José Priante (MDB-PA).
O União Brasil, terceira bancada da Casa, com 59 deputados, ficou com três comissões, entre elas a de Educação, alvo de PT e PL ao longo das articulações no último mês e meio.