Um homem foi baleado após uma discussão política no último domingo (19/3), em um bar no Distrito de Selma, município de Jaciara — localizada a 140 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo relatos, a vítima seria apoiador do ex-presidente Bolsonaro e o suspeito, apoiador do presidente Lula.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Civil de Mato Grosso (PCMT) foi acionada para atender a um homicídio por volta das 19h20. Os homens envolvidos estavam fazendo uso de bebidas alcoólicas quando se desentenderam por terem opiniões políticas contrárias.
Em áudio encaminhado ao Correio, o delegado que comanda o caso, José Ramon Leite, da Delegacia de Jaciara, confirmou que a vítima defendia o ex-presidente Bolsonaro e que o autor do crime defendia o presidente Lula, além de dar mais detalhes sobre o crime.
"A discussão foi tomando um tom mais agressivo e mais acalorado até que, em determinado momento, o suspeito convidou a vítima para ir ao lado de fora do estabelecimento", disse o delegado. Ainda segundo o ele, pouco tempo depois pessoas dentro do bar conseguiram escutar dois barulhos de tiros de arma de fogo. O suspeito fugiu em seguida no veículo dele.
Quando os agentes de polícia chegaram ao local, a vítima, identificada como Valter Fernando da Silva, de 36 anos, já estava sem vida. Após apuração, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que a vítima estava com duas perfurações na região do abdômen.
O caso é investigado pela PCMT como homicídio e o suspeito, que não teve o nome informado pela polícia e que tem aproximadamente 60 anos, segue foragido. O carro utilizado pela fuga foi encontrado pela Polícia há cerca de 10 km de distância do bar entretanto, a arma do crime também não foi encontrada.
Mortes motivadas por política recorrentes no MT. Em setembro de 2022, outro caso de violência política foi reportado em Mato Grosso. O crime ocorreu no município de Confresa (MT) entre um eleitor do presidente Jair Bolsonaro (PL) e um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A vítima estava defendendo Lula e o autor disse que estava defendendo Bolsonaro. Então, a vítima desferiu um soco na face do que estava defendendo Bolsonaro e o autor revidou", explicou o delegado Victor Oliveira à época.