O senador Sergio Moro (União-PR) confirmou, nesta quarta-feira (22/3), que foi informado do plano de uma organização criminosa para sequestrá-lo e matá-lo. “Isso foi assustador para mim e para a minha família. É um preço, infelizmente, alto a se pagar pelo trabalho que fizemos ao crime organizado, não só como juiz, mas também como ministro da Justiça”, disse o parlamentar em entrevista à Globonews.
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O que se sabe sobre operação da PF contra plano de assassinar autoridadesAs medidas de Moro contra organizações criminosas quando era ministroMoro agradece operação da PF contra facção que planejava matar autoridadesDino diz que Pacheco o informou sobre planos de atentados há 45 diasSergio Moro: 'O Brasil não vai ser vencido pelo crime. Vamos reagir'O ex-juiz completou dizendo que foi “muito rigoroso, na forma da lei, contra a criminalidade organizada.”
Investigação preliminar
Moro disse que ficou sabendo da investigação, no fim de janeiro deste ano. Além dele e de sua família, a organização tinha como alvos outras autoridades.
“Fui informado no final de janeiro, que haveria um plano dessa organização criminosa, PCC, para sequestro e assassinato da minha pessoa e da minha família, igualmente de outras autoridades públicas, outros agentes.”
O senador afirmou que, na época, a investigação estava em fase preliminar. “Naquela ocasião, a primeira preocupação foi que tivéssemos a segurança estabelecida. Isso foi feito pela Polícia Legislativa do Senado e da Câmara.”
Moro aproveitou para agradecer aos presidentes das respectivas casas legislativas, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL). O senador agradeceu ainda as Polícias Militares de São Paulo e do Paraná.
Moro afirmou que as investigações continuaram na Polícia Federal e no Ministério Público de São Paulo.
A informação da Polícia Federal é que a organização pretendia realizar ataques contra agentes públicos - incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro - em cinco estados: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.
Conforme as investigações, os policiais identificaram que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados se encontram nos estados de São Paulo e Paraná.