Miriam se referiu às declarações dadas por Lula no caso do ex-juiz federal e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), que foi alvo de um plano de sequestro da facção criminosa PCC, descoberto pela Polícia Federal (PF). O petista afirmou, sem nenhuma evidência, que o caso poderia ser “mais uma armação de Moro”.
Lula foi alvejado com críticas, inclusive de aliados, após a fala. No meio do caminho, ainda havia uma viagem à China, de suma importância para as relações internacionais do Brasil, que foi adiada por causa de uma pneumonia que atingiu o presidente.
A jornalista elogiou “as mudanças” que o país vem passando com a nova gestão, especialmente no âmbito das relações internacionais. Afirmou que é visível as melhorias nas áreas ambientais, culturais e democráticas. No entanto, ressaltou que o petista não deveria se preocupar em “combater” Sérgio Moro, porque já o venceu.
“No passado, Moro foi algoz de Lula. Hoje não tem esse poder. É um senador de um partido dividido, no qual há apoiadores de Lula, que agora é presidente da República. Não tem cabimento Lula estar ainda em briga com Moro. Lula o venceu. Nos tribunais e nas urnas. Moro foi considerado parcial pelo STF e viveu a contradição humilhante de apoiar, na última eleição, o presidente que o demitira e que ele acusara de usar a Polícia Federal para defender interesses particulares”, afirmou Miriam.
“O presidente Lula é um estadista e tem que permanecer nesse lugar. O país precisa disso, depois de tudo o que viveu em quatro anos terríveis. As duas declarações de Lula sobre Moro foram insensatas. Numa delas, ele usou um dos muitos palavrões que Bolsonaro proferiu na reunião ministerial de 22 de abril de 2020. O país se fartou de ver um presidente falando assim. Esse modelo foi gasto pelo seu antecessor e não deveria ser usado por Lula”, completou.