O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador da Operação Lava Jato, criticou a decisão do juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, de encaminhar as acusações do advogado Rodrigo Tacla Duran contra o ex-juiz federal Sergio Moro e Dallagnol para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para o deputado, o juiz agiu parcialmente na decisão.
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"O juiz LUL22 ouviu hoje Tacla Duran, mentiroso compulsivo, criminoso confesso e lavador de dinheiro profissional. Só para a Odebrecht, confessou ter lavado mais de 300 milhões de dólares, é réu em mais de 4 ações penais e já tentou enganar as autoridades judiciais várias vezes. Tacla Duran, por exemplo, mentiu para Interpol que não haveria prisão contra ele e forjou trocas de mensagens via e-mail para evitar que autoridades bloqueassem seu dinheiro em Singapura", escreveu.
Tacla Duran entregou à Justiça fotos e gravações que, supostamente, confirmariam suas acusações.
Dallagnol reforça que não é a primeira vez que ele e Sergio Moro são acusados pelo advogado. De acordo com o deputado, o Ministério Público Federal e a Procuradoria-Geral da República já investigaram e arquivaram as acusações duas vezes.
"É bom lembrar as palavras do próprio Tacla Duran em e-mails para executivos da Odebrecht, quando ele ainda não fugia da Justiça: 'Operei com vocês + de USD$ 300.000.000,00 e acredito eu que nunca trouxe problemas ou aborrecimento de qualquer natureza a vocês'. Foi para essa pessoa com histórico gigantesco de crimes e mentiras que o juiz LUL22, Eduardo Appio, disse hoje: 'Eu revoguei sua prisão preventiva decretada com base na minha convicção pessoal. Eu tenho plena e total certeza que foi a melhor decisão'", escreveu Dallagnol.
Para Dallagnol, as acusações contra ele e Moro são uma "cortina de fumaça" para "desviar o foco dos erros do governo Lula".