Jornal Estado de Minas

GOVERNO

Em Marcha dos Prefeitos, Zema diz não ter 'privilégio ou mordomia'

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou nesta terça-feira (28/3) que "não tem nenhum tipo de privilégio ou mordomia" no cargo, criticou a gestão passada do estado e disse que, antes de seu governo, os prefeitos mineiros não eram ouvidos. Zema discursou nesta manhã durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília.





"Eu quero fazer um alerta aqui. Falar sobre fazer social é muito fácil, precisa de um microfone e de uma boca. Agora, pagar o social é outra história. Você precisa ter uma gestão boa, uma gestão austera", declarou o governador aos prefeitos. "Não tenho, como governador, nenhum tipo de privilégio, de mordomia. Somos o governo, talvez, mais austero que o Estado já teve, e o que mais está fazendo pelo social, porque assim sobre dinheiro", acrescentou.

Aumento de salário de até 300% 

Na semana passada, Zema defendeu um projeto de lei apresentado pelo seu governo à Assembleia Legislativa de Minas Gerais que aumenta os salários do Executivo estadual, incluindo o do governador, vice-governador e secretários. 

Com a mudança, que prevê aumento escalonado em três anos, o salário do governador pode chegar a R$ 41,8 mil; o do vice-governador sobe para R$ 37,6 mil, e os secretários passam a receber R$ 34,7 mil. Os secretários-adjuntos, por sua vez, receberão R$ 31,2 mil caso o projeto seja aprovado. Os salários do Executivo mineiro estão sem reajuste desde 2007, quando foram definidos pelo ex-governador e atual deputado Aécio Neves (PSDB).





Zema discursou ainda, aos prefeitos, que a gestão passada de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), ignorou os prefeitos.

"Posso dizer com muita propriedade como os prefeitos mineiros sofreram e como estamos tentando fazer um trabalho em conjunto com todos eles. Os prefeitos de Minas foram desconsiderados, foram desrespeitados totalmente entre 2017 e 2018", apontou o governador.