A proposta de reajuste salarial para o governador Romeu Zema (Novo), o vice, Mateus Simões, e seus secretários, de cerca de 300%, tem repercutido negativamente entre os mineiros, principalmente os servidores da educação. O Projeto de Lei (PL) 415/2023, apresentado pela mesa diretora da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), eleva o salário de Zema de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil a partir de 1º de abril.
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Outra leitora ironizou o governador, falando que ele precisa ir com ‘calma’. “Vai com calma, Zeminha! 300%? O dos professores vai aumentar 300% também ou eles só vão ficar com aumento de migalha?”, indagou.
Para o Sindicato único dos trabalhadores em educação de Minas Gerais (Sind-UTE), a proposta deixa explícitas as contradições do governo estadual. “É uma liquidação total o que está acontecendo em Minas Gerais, um desmonte completo da educação como direito. Uma grande vergonha”, expressou a coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano.
Zema defende a proposta
Nesta sexta-feira (24/3), Zema usou das redes sociais para defender o reajuste no próprio salário. O Governador ressaltou que para Minas “continuar avançando” é preciso atrair e manter servidores competentes nos quadros técnicos, lembrando que os salários foram congelados em 2007, na gestão do ex-governador Aécio Neves (PSDB)
“São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos Secretários Estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço à ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema”, afirmou Zema.
Com a proposta o salário do vice-governador Mateus Simões (professor simões), que atualmente ganha R$ 10.250, passaria a receber R$ 33.839,96 em 2023, R$ 35.745,92 em 2024, e R$ 37.660,94 em 2025.
Já os secretários e adjuntos do estado, que atualmente recebem R$ 10 mil e R$ 9 mil, respectivamente, passariam a receber R$ 34,7 e R$ 31,2 em 2025.