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Estado de Minas BRASIL

Reajuste levará Zema do último para o segundo governador mais bem pago

Governador Romeu Zema (Novo) defende que aumento salarial do alto escalão do Estado irá atrair e manter 'os mais competentes nos quadros técnicos'


28/03/2023 16:52 - atualizado 28/03/2023 19:35

Governador Romeu Zema
Governador Romeu Zema (Novo) só irá receber menos que o governador de Sergipe, Fábio (PSD) que tem ganhos de R$ 39.293,32. (foto: Dirceu Aurélio/Imprensa MG)
Com o menor salário entre os governadores, Romeu Zema (Novo) pode passar a ser o segundo mais bem pago no país se for aprovado o projeto que tramita na Assembleia Legislativa de Minas. Zema recebe, hoje, R$ 10,5 mil. Caso a proposta, apresentada a pedido dele, seja aprovada, o seu contracheque passará a R$ 37.589,96. 
O projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais prevê aumento salarial progressivo para o governador, vice-governador e secretários de Estado para os próximos três anos. Valor que irá escalonar para R$ 39.717,69, no dia 1º de fevereiro de 2024, e para R$ 41.845,49, na mesma data do ano seguinte. O aumento proposto é de cerca de 300% em cima dos ganhos atuais.

O governo de Sergipe é responsável pela maior remuneração para um chefe de executivo estadual. O governador Fábio (PSD) tem um salário bruto de R$ 39.293,32. Ligeiramente acima do vencimento que poderá ser pago a Zema.

Na prática, a governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB) lidera a lista, pois optou por receber como procuradora do Estado, o que faz com que a remuneração dela seja de R$ 42.145,88. Caso ela recebesse conforme o cargo que ocupa atualmente no Executivo estadual, o valor seria de R$ 22 mil. 

No momento, o segundo governador com o salário mais baixo é Elmano de Freitas (PT) do Ceará recebendo R$ 19.498,66. Antecedido por Fátima Bezerra (PT) do Rio Grande do Norte com remuneração de R$ 21.914,76.

Zema argumenta, nas redes sociais, que o aumento salarial é necessário para "atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos" após "15 anos de congelamento dos salários".

Na justificativa do projeto de lei, "a proposta visa a uma recomposição das perdas decorrentes da inflação acumulada no período, considerando-se o fato de que os valores atualmente pagos estão em vigor desde janeiro de 2007". 
 
 

Aumentos salariais

Recentemente algumas Assembleias estaduais chegaram a aprovar aumentos salariais para os ocupantes do cargo de governador. Contudo, nenhum reajuste foi tão elevado quanto o proposto pelo governador mineiro. 

Em dezembro, foi aprovado em Santa Catarina um aumento de 68,8% nos vencimentos do governador. Jorginho Mello (PL), eleito no pleito de outubro de 2022, assumiu o cargo recebendo já os R$ 25.322,25 previstos. No mesmo período, Cláudio Castro (PL) teve um aumento de 62%, passando a receber R$ 35.400. O Espírito Santo também concedeu um reajuste  de 16,9%, elevando o salário de Renato Casagrande (PSB) para R$ 29.496,99.

Em novembro do ano passando, a Assembleia Legislativa de São Paulo aumentou o soldo do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 50%, passando para R$ 34.572,89.
  


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